Emissões de carbono cresceram 45% nos últimos 20 anos

De acordo com um novo levantamento do Centro Comum de Investigação da União Europeia (Joint Research Centre – JRC), a liberação de carbono nunca foi tão grande, devido principalmente ao aumento das emissões das nações em desenvolvimento. Esta constatação, divulgada pela reportagem do Instituto CarbonoBrasil, pode enfraquecer as possibilidades de renovação do Protocolo de Kyoto, que expira em 2012 e obriga apenas os países mais ricos a terem metas.

O estudo intitulado Tendências de longo prazo nas emissões globais de CO2 aponta que a emissão de gases do efeito estufa (GEEs) cresceu 45% entre 1990 e 2010, e atingiu um recorde de 33 bilhões de toneladas de dióxido de carbono no último ano.

Apesar disso, as emissões dos países da União Europeia, bloco que reúne algumas das maiores economias do mundo, não seguiram essa tendência: elas foram reduzidas em média 7% no mesmo período, o que significa que a meta de diminuição de emissões de 5,2% até 2012, fixada pelo Protocolo de Kyoto, foi alcançada. Outros países industrializados também atingiram cortes notáveis: a Rússia, por exemplo, reduziu suas emissões em 28% nas últimas duas décadas.

E essa redução teve um efeito relevante sobre as emissões mundiais. Para se ter uma ideia, em 1990 a liberação de dióxido de carbono europeia e norte-americana totalizava cerca de dois terços das emissões mundiais. Hoje, essa porcentagem caiu para menos da metade do total.

O levantamento considerou que o volume de emissões de GEEs poderia ter sido ainda maior se não fosse a recessão econômica ocorrida em 2008 e 2009. O relatório estima que só na Europa, a crise financeira diminuiu a liberação de um total absoluto de 4,2 bilhões de toneladas de CO2 em 2007 para quatro bilhões em 2010.

A pesquisa apontou como principal causa desse crescimento tão acentuado o desenvolvimento da economia de países emergentes como a China e a Índia. Os dados do JRC mostram que só entre 2009 e 2010, as emissões chinesas aumentaram 10% e as indianas, 9%. Em outras nações emergentes como o Brasil, o México e a Coreia do Sul, a liberação de CO2 cresceu em média 5% neste período.

Os setores que mais liberam dióxido de carbono na atmosfera continuam sendo a geração de energia e o transporte, que totalizam respectivamente 40% e 15% das emissões mundiais de carbono. E estima-se que esse domínio irá continuar, já que as taxas de crescimento destes setores se mantêm entre 2,5% e 5% por ano.

A produção energética, porém, tem apostado mais nas fontes de energias mais limpas, e tem abandonado gradualmente os combustíveis fósseis. Nos últimos 20 anos, a dependência do carvão na geração de eletricidade caiu de 25% para 20%, e no petróleo, de 38% para 36,5%.
Para o documento, é necessário desenvolver programas e políticas de longo prazo para investir em opções de baixo carbono, particularmente no transporte e na geração de eletricidade. “Pode-se concluir que politicas fortes visando a introdução de novas tecnologias renováveis como a politica francesa em energias nucleares e a politica alemã em energias renováveis podem ter um impacto considerável em uma década se forem mantidas consistentemente”.
O estudo conclui que apesar das contribuições do Protocolo de Kyoto serem limitadas, elas ajudaram a estimular muitos desenvolvimentos econômicos e tecnológicos para reduzir o volume das emissões.

Por Éverton Oliveira, do Uai Meio Ambiente

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)

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