Especialistas apontam estratégias possíveis dos candidatos na reta final

1A reta final da disputa presidencial entre Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) deve privilegiar os ataques ao adversário e a mobilização da militância, avaliam estrategistas e analistas eleitorais ouvidos pelo G1. As duas ações já vêm sendo praticadas em comícios e atos de campanha nesta semana e, segundo eles, podem se intensificar nos últimos dias.

A última pesquisa de intenção de voto, realizada nesta segunda (20) pelo Datafolha (*) mostrou empate técnico no limite da margem de erro. No levantamento, 52% declararam preferência por Dilma e 48% por Aécio, considerando possível variação de dois pontos para mais ou para menos. Outro dado que mostra o acirramento é a rejeição, com 40% dos dizendo que não votariam no tucano de jeito nenhum e 39% falando o mesmo sobre a petista.

Professor de comunicação e política da USP, Gaudêncio Torquato observa que a tática de “desconstruir” o adversário tem funcionado principalmente para Dilma, primeiro para minar as chances de Marina Silva (PSB) e agora para tentar derrotar Aécio.

“É uma campanha que objetiva mais destruir o outro que salvar a si. Se quiser vencer, o Aécio tem que reagir, você combate o outro atacando também, mandando brasa”, resume Torquato.

Analista de pesquisas, o sociólogo Alberto Carlos Almeida vê como vantagem de Dilma o fato de ela ter conseguido melhorar a aprovação de sua gestão durante a campanha. A soma de eleitores que avaliam o governo como ótimo e bom passou de 32% em julho para 42%. “É um índice elevado, é algo inédito e tem um peso forte”, avalia Almeida.

Estrategista de campanhas em Minas Gerais, o economista Cristiano Penido observa que o PT conseguiu aumentar a aprovação de Dilma ao juntar 12 anos do governo petista “em uma coisa só” e tentar dar a ela a “marca do social”.

“O que o PSDB está fazendo é deixar isso acontecer”, avalia. Para ele, o caminho de Aécio é investir na descontrução da imagem de “boa gerente” da rival e reforçar a própria imagem como o candidato “anti-Dilma”, em vez de “anti-PT”.

“É preciso lembrar o que fez a aprovação da presidente cair: as pessoas desacreditaram na capacidade de governar dela”, diz Penido, em referência à queda de 57% para 30% na aprovação da petista após as manifestações do ano passado.

Ele acrescenta que transmitir uma imagem de “estadista” ou explorar o escândalos na Petrobras não tem dado resultados efetivos para o tucano. “Corrupção se tornou um tema neutro, ruim para todos”.

O consultor político Gilberto Musto, que atua em marketing eleitoral, chama a atenção para dois tipos de eleitor que ainda podem ser conquistados: o que se abstém de votar (no primeiro turno, foram 27,6 milhões, 19,3% do eleitorado) e aquele que ainda não está convicto, respondendo que talvez vote em determinado candidato – 15% no caso de Dilma e 18% no caso de Aécio, segundo o último Datafolha.

Musto diz que a militância é importante para convencer o primeiro grupo a ir às urnas e votar no candidato que defende; já os ataques são “inevitáveis” para fazer o segundo grupo a migrar para o adversário.

“Se eu estivesse coordenando, estaria trabalhando na mobilização de militantes, mobilização da opinião pública e criação de uma onda dentro do meu grupo para que vá às urnas e não deixe de votar”, diz.

Professor de ciência política na Universidade Federal do ABC, Cláudio Luís Camargo Penteado, pesquisador de campanhas, diz que a tradicional forma de política, nas ruas, pode ser o diferencial nesta reta final.

“Olhando as campanhas de Dilma e Aécio, percebe-se que as estratégias de ataque são muito parecidas e estão se neutralizando. O diferencial está sendo essa mobilização, com eventos e corpo a corpo, a forma antiga de conseguir votos”, declarou.

Ele considera equivocada a tática de atacar, não só por deixar as propostas em segundo plano, mas por radicalizar a postura do eleitorado. “Qualquer resultado vai ser muito apertado e vai haver questionamento da legitimidade da vitória. Um grande ódio ao PT construído nos últimos anos se somou a uma rejeição dos tucanos pelo passado. Isso não é saudável”, diz.

O consultor Gabriel Rossi, especializado em campanhas na internet, diz acreditar que as duas formas de mobilização, nas ruas e nas redes sociais, devem ser combinadas. Mas lamenta a forma como os ataques têm acirrado os ânimos na internet e culpa os próprios políticos.

“Faz-se uma campanha mais para militantes do que para o eleitor médio. Aí vira uma batalha entre surdos, de militante contra militante. Ele acha que está ajudando, mas está apelando”, afirmou. “Não estão utilizando a internet para o que deve ser, um ambiente de diálogo, de conversa, de convencimento e engajamento”, concluiu Rossi.

(*) O Datafolha ouviu 4.389 eleitores no dias 20 de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Isso significa que, se forem realizados 100 levantamentos, em 95 deles os resultados estariam dentro da margem de erro de dois pontos prevista. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-01140/2014.

Fonte: G1

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)

Nenhum comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Clipping
GONZAGA PATRIOTA PARTICIPA DO DESFILE DA INDEPENDÊNCIA NO PALANQUE DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA E É ABRAÇADO POR LULA E POR GERALDO ALCKMIN.

Gonzaga Patriota, acompanhado da esposa, Rocksana Príncipe e da netinha Selena, estiveram, na manhã desta quinta-feira, 07 (Sete de Setembro), no Palanque da Presidência da República, onde foram abraçados por Lula, sua esposa Janja e por todos os Ministros de Estado, que estavam presentes, nos Desfiles da Independência da República. Gonzaga Patriota que já participou de muitos outros desfiles, na Esplanada dos Ministérios, disse ter sido o deste ano, o maior e o mais organizado de todos. “Há quatro décadas, como Patriota até no nome, participo anualmente dos desfiles de Sete de Setembro, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Este ano, o governo preparou espaços com cadeiras e coberturas, para 30.000 pessoas, só que o número de Patriotas Brasileiros Independentes, dobrou na Esplanada. Eu, Lula e os presentes, ficamos muito felizes com isto”, disse Gonzaga Patriota.

Clipping
Gonzaga Patriota participa de evento em prol do desenvolvimento do Nordeste

Hoje, participei de uma reunião no Palácio do Planalto, no evento “Desenvolvimento Econômico – Perspectivas e Desafios da Região Nordeste”, promovido em parceria com o Consórcio Nordeste. Na pauta do encontro, está o plano estratégico de desenvolvimento sustentável da região, e os desafios para a elaboração de políticas públicas, que possam solucionar problemas estruturais nesses estados. O evento contou com a presença do Vice-presidente Geraldo Alckmin, que também ocupa o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o ex governador de Pernambuco, agora Presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara, o ex Deputado Federal, e atualmente Superintendente da SUDENE, Danilo Cabral, da Governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, entre outras diversas autoridades de todo Nordeste que também ajudam a fomentar o progresso da região.

Clipping
GONZAGA PATRIOTA comemora o retorno da FUNASA

Gonzaga Patriota comemorou a recriação da Fundação Nacional de Saúde – FUNASA, Instituição federal vinculada ao Ministério da Saúde, que havia sido extinta no início do terceiro governo do Presidente Lula, por meio da Medida Provisória alterada e aprovada nesta quinta-feira, pelo Congresso Nacional.  Gonzaga Patriota disse hoje em entrevistas, que durante esses 40 anos, como parlamentar, sempre contou com o apoio da FUNASA, para o desenvolvimento dos seus municípios e, somente o ano passado, essa Fundação distribuiu mais de três bilhões de reais, com suas maravilhosas ações, dentre alas, mais de 500 milhões, foram aplicados em serviços de melhoria do saneamento básico, em pequenas comunidades rurais. Patriota disse ainda que, mesmo sem mandato, contribuiu muito na Câmara dos Deputados, para a retirada da extinção da FUNASA, nessa Medida Provisória do Executivo, aprovada ontem.