O mundo de olho nas eleições
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
A disputa pela Presidência da República tem sido uma das mais atípicas desde a redemocratização brasileira. A reviravolta em um contexto que apontava para a reedição a polarização entre PT e PSDB, provocada pela morte o candidato Eduardo Campos (PSB) e entrada da ex-ministra Marina Silva (PSB) na disputa, fez com que a imprensa estrangeira demonstrasse um interesse redobrado pelo pleito. Esse é o testemunho dos correspondentes internacionais ouvidos pela Folha de Pernambuco.
De acordo com o jornalista da agência italiana Ansa, Dario Pignotti, havia a expectativa de que as eleições brasileiras só ganhassem espaço internacional em sua reta final, a partir deste mês. “Mas tudo mudou. Faço em média duas matérias por dia sobre o assunto. Os modelos políticos da Itália e do Brasil são diferentes, mas ambos padecem de doenças. Lá existe muita dificuldade com governabilidade. Apesar isso, há avanços. No caso das pesquisas eleitorais, existe, na Europa, um consenso de que elas influenciam os eleitores e por isso são mais restritas”, comentou.
O inglês Anthony Boadle, correspondente da agência Thomson Reuters, disse acreditar que parte do interesse internacional com a eleição pode ser explicada pela decepção dos grandes investidores. “O mundo inteiro está de olho neste pleito, pois Marina Silva tem políticas diferentes na área econômica. Pensava-se que o Brasil cresceria economicamente e agora está em recessão. Em minha opinião, o Brasil é muito democrático. Acho que os movimentos populares são mais fortes aqui que na Inglaterra”, falou.
Já o argentino Eduardo Davis, da agência espanhola EFE, disse que as instituições políticas brasileiras são mais sólidas que a do país platino. “Acho que a maior diferença é que as instituições no Brasil são mais sólidas. Outra é o número exagerado de partidos que há aqui. No Brasil, há um governo de esquerda com alianças de centro-direita. O PSB atual está bem à direita do continuísmo que propõe a Dilma, mas na Argentina também é mais ou menos assim. Direita e esquerda não pesam tanto”, declarou.
Por sua vez, o peruano Moisés Ávila, correspondente da agência francesa France-Presse, disse que as denúncias de corrupção envolvendo políticos são um ponto em comum entre o Peru e o Brasil. “Infelizmente, algo muito parecido entre esses países são as denúncias de corrupção. Creio que a maior diferença diz respeito à força dos partidos e à representação popular. Não há no Peru partidos com a força do PT ou PSDB. Creio que, por este motivo, o eleitor tem mais opções”, considerou.
Fonte: Blog da Folha
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
Nenhum comentário