Preconceito é inimigo da cura do câncer de próstata
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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Antes de descobrir um câncer na próstata, o agricultor José Luiz da Silva, 57 anos, se envergonhava só em falar na possibilidade de fazer o exame de toque retal. Mas foi após o teste e a checagem laboratorial do PSA (antígeno prostático), proteína produzida pelas células da glândula prostática, que descobriu um tumor maligno há 2 meses. “Fui logo encaminhado para fazer a cirurgia e estou bem. Não precisarei de quimioterapia e parece que estou curado”, contou José Luiz, que mora em Bom Jardim, no Agreste de Pernambuco.
Ter preconceito ou timidez são um dos vilões no combate ao câncer de próstata, o segundo tipo que mais afeta os homens. E à medida que a idade avança, as probabilidades de desenvolver a doença aumentam. Ela é considerada pelos especialistas como um câncer da terceira idade, já que cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca).
De acordo com o urologista Leonardo Lima, o retardamento no rastreamento pode agravar a situação. “O melhor caminho é o diagnóstico precoce, porque não podemos mudar os fatores de risco, que são a idade, a raça (há mais ocorrências entre negros) e o histórico familiar”, disse Lima.
O ideal, segundo ele, é que os exames, de toque e laboratorial, sejam integrados e feitos anualmente. “O PSA é uma proteína que está presente no sangue. Um número elevado dela indica problema na próstata, mas não necessariamente câncer”. Nenhum outro exame, como o ultrassom, é eficiente no diagnóstico da doença”, disse Lima.
Embora o rastreamento seja a melhor alternativa, há discordâncias quanto à faixa etária ideal para se começarem exames. Há quem defenda check-ups a partir dos 40 anos, outros aos 50. Segundo a oncologista do Hospital Oswaldo Cruz Andrezza Santos, a comunidade científica norte-americana acredita que o rastreio precoce aumenta tratamentos indiscriminados e prejudica a qualidade de vida do doente.
“O rastreio aumentou a detecção de câncer, mas não diminuiu a mortalidade. Às vezes se diagnosticam tumores muito cedo, que poderiam não trazer grandes problemas. Mesmo assim é receitada quimioterapia, que interfere na qualidade de vida”, disse a oncologista. No Brasil, os exames são feitos a partir dos 50 anos, ou 45 para pessoas com fatores de risco.
Movimento se iniciou há 11 anos
O movimento Novembro Azul surgiu há 11 anos, na Austrália, na comemoração do Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata. Nos outros países, a campanha se junta a outras atividades de conscientização no mês, que envolvem os cuidados com outras doenças, como o câncer de testículo e de pênis. Alguns monumentos e prédios antigos das cidades recebem iluminação em led azul em suas fachadas, em alusão ao movimento.
No Brasil, a programação de atividades conta com diversas ações em todos os estados brasileiros, como a iluminação de pontos turísticos, palestras informativas para leigos, ações em estádios e a realização de um seminário sobre o tema no Congresso Nacional e no Senado Federal.
Em Pernambuco, diversas ações estão programadas para incentivar a prevenção e o diagnóstico precoce. No dia próximo dia 15, diversos hospitais, como o Imip, as Clínicas e o Hospital do Câncer de Pernambuco, promoverão um mutirão de atendimentos, consultas e exames gratuitos. Os eventos acontecerão das 8h ao meio-dia.
Fonte: DP
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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