Ucrânia diz que Rússia deu ordem aos separatistas de atirar para matar

8A tensão prossegue elevada no leste da Ucrânia, onde nesta quarta-feira forças pró-russas capturaram blindados ucranianos, na véspera de uma reunião em Genebra para tentar encontrar uma solução diplomática ao conflito.

Os serviços de segurança (SBU) ucranianos também denunciaram que os comandantes dos separatistas receberam ordens do Kremlin de “disparar para matar”.

Neste contexto de agravamento da crise, a Otan anunciou que mobilizará novas unidades marítimas, aéreas e terrestres nos países membros da Europa Oriental, e advertiu que poderá reforçar estas medidas de cunho militar se a tensão na Ucrânia não diminuir.

Um jornalista da AFP viu ao menos seis veículos blindados e três tanques leves, alguns com bandeiras russas, transportando homens armados em trajes camuflados, que estacionaram no centro de Slavyanks, uma das cidades da região onde a situação é mais tensa.

O governo da Ucrânia confirmou que seis blindados ucranianos haviam sido “capturados por extremistas”.

Segundo a imprensa russa, são soldados ucranianos que teriam decidido se unir aos insurgentes, embora as autoridades de Kiev tenham garantido à AFP que não faltava nenhum veículo militar.

Na cidade próxima de Kramatorsk, outro repórter da AFP viu uma coluna de 14 veículos blindados das forças ucranianas, que posteriormente se renderam ante as exigências de um grupo de ativistas pró-russos que cercaram seus veículos.

Os soldados de uma coluna na cidade de Kramatorsk entregaram os mecanismos de disparo de suas armas a um líder das milícias em troca da promessa de que poderiam abandonar seus veículos sem serem atacados.

No céu de ambas as cidades também eram avistados aviões militares.

Em Donetsk, vinte homens armados e encapuzados entraram na prefeitura. Desde 6 de abril os separatistas ocupam a sede da administração regional nesta cidade.

No total, os separatistas ocupam edifícios públicos em ao menos dez cidades da região.

A exibição de força dos dois grupos chega 24 horas antes da reunião prevista para quinta-feira em Genebra, onde representantes de Rússia, Ucrânia, União Europeia e Estados Unidos tentarão buscar uma saída para este conflito que se converteu no mais grave entre Moscou e o Ocidente desde a Guerra Fria.

A Rússia tem cerca de 40.000 homens mobilizados na fronteira com a Ucrânia, segundo a Otan, que advertiu que reforçará sua presença no país em caso de escalada.

Desde que em fevereiro o presidente pró-russo da Ucrânia, Viktor Yanukovytch, foi destituído e substituído por um governo pró-ocidental, a tensão foi crescendo no leste do país, onde a Rússia prometeu fazer todo o possível para proteger a população de língua russa, majoritária na zona.

Disparar para matar

Arseni Yatseniuk, primeiro-ministro interino da Ucrânia, um país que formou parte da União Soviética até sua independência, em 1991, acusou nesta quarta-feira a Rússia de estar construindo um novo “muro de Berlim” e disse que pedirá a Moscou que deixe de apoiar os separatistas.

Os serviços de segurança (SBU) de Kiev também afirmaram que os comandantes separatistas que atuam no leste têm ordens do Kremlin de “disparar para matar” e garantiram que os agentes são os mesmos que agiram na Crimeia.

A Rússia pede uma federalização do país, que daria uma grande autonomia às regiões do leste, mas Kiev rejeita esta solução por medo de que seja o primeiro passo na direção de uma dissolução do país.

Na terça-feira as autoridades de Kiev lançaram uma operação antiterrorista e enviaram vinte tanques a Slaviansk, sob controle de comandos armados pró-russos, uma operação condenada por Moscou, mas que tem o apoio dos Estados Unidos.

Trata-se da resposta mais firme até agora do governo de Kiev, acusado na terça-feira pelo presidente russo Vladimir Putin de instigar uma guerra civil durante uma conversa com a chefe do governo alemão, Angela Merkel.

O governo interino ucraniano, que após a destituição de Yanukovytch tem a missão de organizar eleições no dia 25 de maio, não conseguiu até agora controlar a situação no leste deste país de 46 milhões de habitantes onde convivem ucranianos e russos.

As autoridades temem que se repita o que ocorreu na Crimeia, uma península de maioria russa que foi tomada primeiro por comandos pró-russos e depois anexada à Rússia após um referendo considerado ilegal pelos ocidentais.

Fonte: Diário de PE

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)

 

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