Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
No ato do 1º de Maio promovido pela Força Sindical, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), disse nesta sexta-feira que a presidente Dilma Rousseff não teve coragem de fazer pronunciamento na TV no Dia do Trabalho. Já o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SD-SP), a chamou de “desgraçada” e puxou coro de “fora, Dilma” em cima do palco.
Para Aécio, o dia de hoje será lembrado como o “dia de vergonha”, já que a presidente não se pronunciou na TV, como é praxe no Dia do Trabalho.
Este 1º de Maio vai ficar lembrado como o dia da vergonha. O dia em que a presidente da República se acovardou e não teve a coragem de olhar nos olhos dos trabalhadores brasileiros — afirmou em discurso feito para os participantes do ato da Força, em São Paulo.
Antes de subir ao palco, o senador afirmou à imprensa que a presidente não teve coragem de dizer aos trabalhadores que eles irão pagar o preço do ajuste fiscal.
A presidente se acovardou e não teve coragem de dizer aos trabalhadores que eles vão pagar o preço mais duro desses ajustes. A presidente da República se esconde hoje daqueles que vêm sustentando esse Brasil. A irresponsabilidade do governo do PT faz com que neste 1º de Maio os trabalhadores não tenham absolutamente nada a celebrar — disse aos jornalistas.
Paulinho acusou Dilma de trazer de volta a crise e a inflação. As críticas não foram ouvidas pelo ministro do Trabalho, Manoel Dias (PDT), representante do governo na festa da Força Sindical. Ele deixou o local antes do início dos discursos.
Quem quer essa desgraçada fora levanta a mão — gritou o deputado ao público presente.
O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, também endossou o discurso raivoso, pedindo para os presentes contrários às Medidas Provisórias 664 e 665, que alteram a forma de acesso a pensões por morte e auxílio-desemprego, levantassem a mão.
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), estava presente no palco, mas, constrangido, não levantou a mão.
O projeto de lei 4.330, que permite a terceirização para qualquer atividade e é defendido pela Força Sindical, ficou de fora dos discursos no palco da Força.
Antes dos discursos, Aécio afirmou que o PSDB vai pedir a convocação na CPI do presidente da Petrobras de Aldemir Bendine, para esclarecer uma informação publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo, sobre a destruição das reuniões do seu Conselho de Administração, entre elas as que trataram de negócios investigados na Operação Lava-Jato.
GREVE DOS PROFESSORES
Aécio ainda criticou o que ele classificou de “ironia” a forma como a presidente comentou a ação da PM contra a greve dos professores em Curitiba (PR). Em vídeo divulgado hoje, Dilma afirmou que em plena democracia, “temos que nos acostumar as vozes das ruas, aos pleitos dos trabalhadores, reconhecer como legítimas as reivindicações de todos segmentos sociais da população”, sem “violência e sem repressão”. “Para isso, nada melhor que o diálogo franco e transparente entre governo e a sociedade.”
Nós lamentamos profundamente o que aconteceu. Nada do que aconteceu em Curitiba deve ser objeto de ironia de quem quer que seja — afirmou o senador, que evitou comentar a atuação do governador Beto Richa (PSDB).
Fonte: O Globo
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