Bancário aposentado ganha vida nova ao passar por cirurgia inédita no Brasil
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
Após passar por nove horas de cirurgia, o bancário aposentado Ricardo Bauduíno, 56 anos, ganhou uma vida nova. Diagnosticado em 2013 com um tipo pouco frequente de câncer de pâncreas (chamado de neuroendócrino), ele passou por um procedimento para tirar parte do órgão e, ao mesmo tempo, receber um novo fígado, já que também estava com metástase hepática. A realização simultânea de duas cirurgias dessa natureza é um fato inédito no Brasil.
“No mundo, acredita-se que exista registro de menos de dez procedimentos desse tipo. O interessante é que o paciente reagiu bem à cirurgia e evolui bem. É difícil falar em cura, mas podemos dizer que atualmente os exames não mostram evidências de tumores no organismo do paciente”, explica o cirurgião Cláudio Lacerda, coordenador do Programa de Transplante de Fígado do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc).
O caso será apresentado, no dia 25, na segunda edição do Recife Gastrointestinal Cancer Symposium, que será realizado no auditório do JCPM, no bairro do Pina, Zona Sul do Recife. “Após um ano do procedimento, publicaremos os resultados alcançados pela cirurgia em revistas científicas.” Embora Ricardo Bauduíno tenha feito todo o acompanhamento pré-cirúrgico no Huoc, o procedimento foi realizado pela equipe de Cláudio Lacerda no Hospital Jayme da Fonte, no bairro das Graças, Zona Norte do Recife. “A unidade entra como parceira para realização do transplante de fígado pelo Serviço Único de Saúde”, diz o médico.
Esse acordo, por sinal, faz o Jayme da Fonte ocupar o segundo lugar no ranking nacional de transplantes entre hospitais particulares (atrás apenas do Hospital Israelista Albert Einstein, em São Paulo). Em março, foi realizado o transplante de fígado de nº 700. Deve-se chegar até o fim do ano a mil procedimentos dessa natureza ao longo de 15 anos.
As pessoas com câncer no fígado em estágio muito avançado têm no transplante a única chance de cura da doença. A questão é que nem todos os pacientes que se enquadram nessa condição contam com a possibilidade de passar por uma cirurgia e receber um novo órgão. “Cerca de 20% morrem na fila de espera”, lamenta Cláudio. Ele acrescenta que 30% dos pacientes que passam por um transplante de fígado têm um câncer hepático como o bancário Ricardo Bauduíno, que passou pela cirurgia inédita, que possibilitou também a retirada de parte do pâncreas, órgão onde se originou o tumor. A doença foi diagnosticada depois que ele passou por um exame para investigar a presença de sangue nas fezes – que não tem relação, segundo os médicos que o acompanham, com o tipo câncer que foi detectado.
Fonte: JC
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
Nenhum comentário