Marcada para a próxima quarta-feira a eleição à reitoria da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) será realizada em todos os centros acadêmicos da instituição de ensino, incluindo os campi de Caruaru, no Agreste do Estado, e Vitória de Santo Antão, na Mata Sul. A expectativa é que a competição tenha a participação de aproximadamente 50 mil eleitores, entre alunos, professores e técnicos-administrativos. O eleito assumirá a função a partir de outubro, com mandato de quatro anos.

Um dos candidatos é o atual reitor, Anísio Brasileiro. Caso seja reeleito, ele pretende seguir por mais quatro anos atuando com a mesma intenção de fornecer avanços e melhorias para a universidade. “O sentimento é de dever cumprido. Melhorar a qualidade de formação dos nossos estudantes continuará sendo uma missão importante para os próximos quatro anos. Formar bem, desenvolver pesquisas em áreas estratégicas para o conhecimento e obter compromisso social por meio dos projetos de extensão estão entre as metas”, enfatizou.

Quem também está concorrendo a uma vaga é o professor Edilson Fernandes de Souza, que leciona disciplinas no campus Recife. Ele acredita que o atual modelo de gestão precisa ser reconstruído. “Costumo dizer que implementaria outro padrão de administração. O de hoje é completamente burocratizado, arcaico, centralizador e verticalizado. Temos todas as condições de trabalho para dar uma repaginada na universidade”, pontuou. Entre as propostas do educador está a diminuição no preço do Restaurante Universitário, mais conhecido como RU. Atualmente, os alunos têm que desembolsar R$ 3 para ter direito à alimentação. “Como temos estudantes bolsistas e que não têm recursos, a proposta é colocar o bandejão a R$ 1”, antecipou.

Para o professor e ex-presidente da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Facepe), Diogo Simões, que também está na disputa, apesar de ter crescido a oferta de recursos, os problemas que a unidade tem enfrentado configuram um quadro institucional preocupante. “Em muitos aspectos a universidade passa por estagnação. Cresceu a oferta de recursos e, paradoxal mente, temos assistido n UFPE a degradação do am biente urbano no campus da cidade universitária, a eternização de graves problemas de infraestrutura e a burocratização excessiva de processos acadêmicos”, aponto Simões, acrescentando que pretende, caso seja eleito ampliar as oportunidades de intercâmbio e de participação dos estudantes em projetos de pesquisa e extensão no ensino da graduação.

Candidatos debatem propostas

Os candidatos à reitoria vêm participando de uma série de debates para apresentar as suas propostas. Eles também podem fazer propaganda até o dia que antecede a votação, distribuindo materiais de publicidade impressos, como panfletos, adesivos e camisetas, além de utilizar faixas e cartazes. A propaganda também está autorizada na internet, seja em sites próprios ou nas redes sociais. Na próxima segunda-feira, as propostas de cada candidato serão apresentadas em um debate na TV Universitária, às 20h.

Representando a ala feminina na disputa, a professora Maria José Matos Luna diz que é preciso reescrever a história da universidade. “Pretendo criar condições para que estudantes, professores e técnicos administrativos sejam protagonistas da UFPE, além de otimizar e ampliar os recursos financeiros para atender às necessidades dos diversos centros em busca da excelência de suas atividades fins”, detalhou.

O professor e diretor do Centro de Educação da UFPE, Daniel Rodrigues, enfatizou que sua candidatura é permeada numa história de lutas e afirmou que cobrará mais transparência e lealdade na administração dos recursos. “Minha chapa defende uma universidade efetivamente publica e democrática. Para enfrentar os problemas existentes não basta ser apenas um bom reitor. Os projetos devem ser balizados com o conhecimento da realidade brasileira hoje”, avaliou. 

Fonte: Folha-PE

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)