Dólar comercial fecha no maior valor desde setembro de 2004

v49qp69asx-dolar663x273O dólar comercial fechou cotado a R$ 2,88 pela primeira vez desde setembro de 2004 com o aumento da percepção de risco no Brasil, enquanto na Bolsa a queda das ações da Vale pesou sobre o mercado acionário doméstico nesta quinta-feira (26).

O dólar comercial, usado em transações no comércio exterior, subiu 0,59%, a R$ 2,886, no maior valor desde 15 de setembro de 2004. O dólar à vista, referência no mercado financeiro, fechou com leve queda de 0,02%, a R$ 2,877.

A alta do dólar reflete a piora da percepção em relação à economia brasileira, afirma Fabio Lemos, analista de renda variável da São Paulo Investments. “O dólar está indo em direção ao fundamento do país”, afirma. Ao longo do dia, os investidores analisaram dados de desemprego no país, que vieram piores que o esperado.

A taxa de desemprego das seis maiores regiões metropolitanas do país subiu para 5,3% em janeiro, acima do 4,3% em dezembro. Em janeiro de 2014, o percentual também havia sido menor: 4,8%.

“O fato de a taxa vir acima do esperado corrobora a atual conjuntura do mercado brasileiro, de uma politica monetária restritiva e que pode começar, conforme esse dado, a surtir efeito. Por mais que tenha vindo acima do esperado, a curva é positiva, pois os últimos dados de atividade econômica do país estão bem ruins”, afirma Raphael Figueredo, analista da Clear Corretora.

Dados da economia americana também fizeram com que o dólar se valorizasse frente à maioria das divisas mundiais nesta sessão. Metade das 24 principais moedas emergentes teve desvalorização em relação ao dólar.

Os preços ao consumidor dos EUA tiveram em janeiro a maior queda desde 2008, mas o núcleo da inflação, que não inclui energia e alimentos, subiu 0,2% no período.

Em outros dados, as encomendas de bens duráveis subiram, revertendo a queda de dezembro, e os novos pedidos de auxílio-desemprego aumentaram mais que o esperado na semana passada. “O dado de auxílio-desemprego foi melhor que o esperado na semana e sinaliza uma gradativa melhora da economia americana que está acontecendo”, avalia Fabiano Rufato, gerente-sênior da mesa de câmbio da Western Union.

Na manhã desta quinta (26), o Banco Central vendeu a oferta total de 2.000 contratos de swap cambial (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro). Foram vendidos 500 contratos para 1º de dezembro de 2015 e 1.500 para 1º de fevereiro de 2016, com volume correspondente a US$ 98 milhões.

O BC também vendeu a oferta total no leilão de rolagem dos swaps que vencem em 2 de março. Se repetir o comportamento dos últimos meses e não realizar oferta para rolagem no último pregão do mês, a autoridade monetária terá rolado praticamente o lote integral.

BOLSA

As ações da Vale impactaram negativamente a Bolsa brasileira neste pregão. O Ibovespa, principal termômetro do mercado acionário brasileiro, fechou praticamente estável, com leve queda de 0,10%, a 51.760 pontos. Das 68 ações negociadas, 46 subiram 20 caíram e duas se mantiveram inalteradas no dia.

O volume financeiro no pregão foi de R$ 5,8 bilhões, abaixo do giro médio no ano, que é de R$ 6,7 bilhões, até o dia 25.

As ações da Vale foram as grandes protagonistas do dia, após caírem cerca de 4%. Os papéis preferenciais da mineradora fecharam em baixa de 3,87%, a R$ 18,40. As ações ordinárias tiveram desvalorização de 4,02%, a R$ 21,25.

A empresa registrou prejuízo de R$ 4,7 bilhões no quarto trimestre. Em 2014, porém, o lucro da Vale saltou 729%, para R$ 954 milhões, mesmo em um cenário de baixo preço do minério de ferro.

Impactou positivamente o lucro o fato de a empresa ter batido recordes de produção no último trimestre de 2014, e feito a redução de despesas e a manutenção de sua política de venda de ativos não considerados estratégicos.

“A queda reflete o resultado da empresa. A Vale já vinha sofrendo um pouco por causa da queda do minério. E a baixa da empresa influencia o mercado em um dia meio parado, que nem hoje [quinta]”, afirma Raphael Figueredo, da Clear.

As ações da Petrobras também registraram desvalorização no pregão, após caírem 5% na sessão anterior em decorrência do rebaixamento da nota de crédito da estatal pela agência de classificação de risco Moody’s.

Os papéis preferenciais da estatal, mais negociados, tiveram queda de 1,17%, a R$ 9,27. As ações ordinárias, com direito a voto, caíram 1,08%, a R$ 9,20.

O acordo alcançado pelo governo com representantes de caminhoneiros também deve pesar sobre a estatal, avalia Fabio Lemos, da São Paulo Investments. Para atender às demandas do movimento, o governo ofereceu um pacote de medidas, que incluiu a renegociação de dívidas do setor, e informou ter recebido da Petrobras a garantia de que os preços do diesel não subirão pelos próximos seis meses.

“Ao garantir o congelamento do diesel por seis meses, o governo assume mais um compromisso em função de acordos políticos e pode afetar a Petrobras, que não poderá repassar o aumento”, afirma.

As empresas de educação também puxaram o índice nesta sessão. Os papéis da Estácio fecharam com a maior baixa do índice, após caírem 10,93%, a R$ 20,04. A segunda maior baixa foi dos papéis da Kroton, com queda de 9,87%, a R$ 11,51.

“As ações do setor de educação estão muito voláteis desde que o governo começou a mudar as regras do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil). Além disso, prejudicam também notícias sobre atrasos de pagamento do governo”, afirma Lemos.

Fonte: JC

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)

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