Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
O dólar iniciou o dia instável, mas passou a subir e terminou o dia em alta em relação ao real após a divulgação do PIB do Brasil e dos Estados Unidos ontem (29). O mercado foi pressionado pela briga pela formação da Ptax de maio, diante de expectativas de que o Banco Central continue com sua política de reduzir a intervenção no mercado de câmbio no mês que vem, e após o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil contrair 0,2% no primeiro trimestre de 2015na comparação com o período imediatamente anterior.
A moeda norte-americana terminou o dia vendida a R$ 3,1873, em alta de 0,74%, após chegar a cair a R$ 3,1376 na mínima do dia. Veja cotação. O valor de fechamento desta sexta é o maior desde março.
O dólar subiu 5,78% em maio. Segundo a Reuters, foi o oitavo mês de valorização dos últimos nove meses.
Nesta semana, a alta foi de 2,98%. No ano, há valorização acumulada de 19,88%.
“Último dia do mês é sempre assim: Ptax pressiona e o mercado especula sobre a rolagem dos swaps do BC. O fundamento fica de lado”, disse o superintendente de câmbio da corretora TOV, Reginaldo Siaca, mencionando o programa de interferência no câmbio do Banco Central.
Somavam-se à volatilidade expectativas de que o BC reduza ainda mais sua interferência diminuindo a fatia de swaps cambiais rolados no mês que vem, após rolar cerca de 80% dos contratos que vencem em junho. O próximo lote de swaps equivale a US$ 8,742 bilhões e vence em 1º de julho, segundo a Reuters.
PIB do Brasil e PIB dos EUA
O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, apesar deencolher menos que o esperado no primeiro trimestre, também não ajudava o ânimo do mercado, uma vez que investidores viram nos detalhes do relatório sinais de que a economia brasileira não voltará a crescer tão cedo.
Já a economia dos Estados Unidos sofreu um baque no primeiro trimestre, e “encolheu” 0,7% frente ao trimestre anterior, em termos anualizados. A primeira estimativa para o trimestre, divulgada em abril, indicava uma expansão de 0,2%. O dado ainda será revisado uma segunda vez, em junho.
Investidores seguem atentos aos dados sobre a economia dos EUA em busca de pistas sobre quando o Federal Reserve, banco central norte-americano, irá elevar os juros no país – o que atrairia mais investidores e faria o dólar subir. O Fed, no entanto, já sinalizou que espera sinais claros de recuperação da economia dos EUA para elevar os juros.
O mercado tem apostado cada vez mais em uma elevação dos juros ainda neste ano nos EUA, mas a contração do PIB norte-americano no primeiro trimestre atenuou um pouco essas expectativas. “O mercado está de olho em absolutamente qualquer notícia sobre os juros (nos EUA)”, disse à Reuters o operador da corretora Icap Ovídio Soares.
A queda dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos limitou o avanço da moeda norte-americana globalmente, segundo a Reuters.
Segundo analistas, a pressão cambial tende a continuar no médio prazo, à medida que se aproxima o aumento de juros nos Estados Unidos e diante da menor atuação do BC. No entanto, alguns veem espaço para alívio no curto prazo.
“Eu não me surpreenderia se o BC acelerasse a desmontagem dessa política (de swaps cambiais)”, afirmou à Reuters a economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif. “É óbvio que quando você anuncia o fim do programa, você gera volatilidade, mas a alta do dólar é um movimento global e cíclico, não faz sentido manter o programa.”
Alívio no curto prazo?
Alguns analistas, no entanto, veem espaço para algum alívio nas cotações no curto prazo. O BNP Paribas espera que o dólar feche este ano a R$ 3,20 e o ano que vem a R$ 3,40, mas estima que o valor justo do dólar no curto prazo está em torno de R$ 3,06 e, por isso, recomenda apostas táticas na queda do dólar.
“Pode haver uma correção nos próximos dias”, disse à Reuters gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.
Fonte: G1
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