Falta seringa e agulha em quase 30% das emergências nas unidades de saúde do Brasil
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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Um relatório feito do CFM (Conselho Federal de Medicina) aponta que 29% dos 305 estabelecimentos de saúde visitados que deveriam oferecer um tratamento emergencial não tinham seringas, agulhas e equipos para aplicações endovenosas. Em 226 (74%) dessas unidades também faltavam desfibriladores para atender pacientes com paradas cardíacas, que também não teriam remédios para tomar, visto que em 150 (49%) também faltavam medicamentos para atendimento de parada cardiorespiratória. As informações foram divulgadas pela CFM nesta segunda-feira (2).
A pesquisa foi realizada em 952 unidades básicas de saúde 2014 pelo Sistema Nacional de Fiscalização do CFM. Foram avaliadas a estrutura física das unidades, os itens básicos necessários ao funcionamento de um consultório e as condições higiênicas. Em todos os aspectos, a situação encontrada é preocupante.
De acordo com o levantamento, 331 tinham mais de 50 itens em desconformidade com o estabelecido pelas normas sanitárias, sendo que 100 apresentavam mais de 80 itens fora dos padrões. Em 4% das unidades fiscalizadas, não havia também consultório médico.
Para o presidente do CFM, Carlos Vital, foi possível comprovar por números a precariedade do sistema público de saúde.
— Sabíamos que a situação era precária, mas agora, com a informatização da fiscalização, comprovamos em números o quanto a assistência básica está abandonada.
Segundo os dados do conselho 15% dos consultórios não garantiam a confidencialidade da consulta e 22% das unidades não possuíam sala de espera. No Pará, médicos atendiam debaixo de uma árvore.
Já em relação a infraestrutura, em 37% unidades (353) não tinham sanitário adaptado para deficiente; 25% ou 239 unidades não tinham sala de expurgo ou esterilização; 22%) ou 214 não possuíam sala de espera com bancos ou cadeiras apropriadas para os pacientes; e em 18% (170) faltavam sala ou armário para depósito de material de limpeza. Em 4% dos consultórios ginecológicos faltavam sanitários e em 20 (2%) não era garantida a privacidade do ato médico.
O membro da Comissão para a Reformulação do Manual de Fiscalização do CFM, Eurípedes Souza, afirmou que “não dá nem para imaginar uma mulher sendo submetida a um exame ginecológico sem que sua privacidade seja resguardada”.
Quanto aos itens básicos de higiene, 23% dos consultórios fiscalizados não tinham toalhas de papel; 21% estavam sem sabonete líquido e em 6% o médico não podia lavar as mãos após as consultas por falta de pia.
O coordenador do Departamento de Fiscalização, Emmanuel Fortes, “esses são itens básicos, que, segundo a Anvisa, não deveriam faltar em nenhum consultório”.
O R7 entrou em contato com o Ministério da Saúde, mas ainda não teve retorno até a publicação dessa notícia.
Fonte: R7
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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