Fluxos de capital para emergentes vão atingir menor nível desde 2009, diz associação global de bancos
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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As projeções de fluxos de capital para economias emergentes mostram queda para US$ 981 bilhões neste ano, o menor nível desde 2009, ante US$ 1,05 trilhão em 2014, devido a crescimento econômico decepcionante, pressão da potencial elevação do juro nos Estados Unidos pelo seu banco central (Federal Reserve, o Fed) e queda no investimento na Rússia, informou o Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês), nesta quinta-feira.
Os fluxos de investimento estrangeiro direto (IED) devem cair para US$ 529 bilhões ante US$ 586 bilhões, em grande parte devido à queda de investimentos na Rússia e na China, segundo o órgão que representa mais de 500 instituições financeiras.
Ao mesmo tempo, o investimento externo da China neste ano deve crescer em US$ 38 bilhões, para US$ 540 bilhões. O acúmulo de reservas por economias emergentes deve desacelerar para US$ 74 bilhões ante US$ 110 bilhões em 2014 e uma média de US$ 600 bilhões de 2004 a 2013.
“Graças à China, os mercados emergentes continuam como exportadores líquidos de capitais”, disse o relatório.
Mercados emergentes com grandes déficits em contas correntes — África do Sul, Brasil e Turquia — são os mais vulneráveis a choques, disse o instituto. A Índia, que reduziu seu déficit em conta corrente, atualmente é menos vulnerável do que era em 2013.
O IIF destaca que os fluxos de capital para a América Latina foram retomados nos primeiros meses deste ano, graças à redução dos temores de que as moedas locais se depraciassem mais do que de fato caíram e pelas indicações de que a primeira elevação dos juros nos Estados Unidos desde 2006 ocorrerá em ritmo lento e gradual.
AJUSTE FISCAL NO BRASIL
Apesar disso, o IIF prevê um declínio nos fluxos de capital para a América Latina frente a 2014 devido ao iminente aperto monetário do Fed e ao lento crescimento econômico. Mas esse fluxo deve ganhar força no ano que vem graças ao fortalecimento dos fundamentos macroeconômicos e às perspectivas de melhora nas maiores economias de região.
“No Brasil, a atual política de ajuste deve criar as condições para alguma recuperação do crescimento; no México, a economia deve se beneficiar do cresimento sólido dos EUA e da implementação de reformas; e na Argentina, uma administração nova e mais pragmática após as eleições presidenciais de outubro é amplamente esperada para resolver a questão dos fundos abutres e, assim, reabrir o país aos mercados financeiros globais”, diz o IIF no documento.
O IIF ressalta que os fluxos de capital podem ser ainda pior caso a economia global fique estagnada e as taxas de juros sejam elevadas de forma agressiva pelo Fed. Nesse caso, alerta a instituição, o resultado do ano que vem também pode ser impactado.
Para 2016, no entanto, o IIF prevê que os fluxos de capital retomem fôlego e cheguem a US$ 1,158 trilhão. Essa aceleração é prevista com base em uma alta gradual do juro pelo banco central americano, a retomada do crescimento mundial e uma redução das incertezas políticas.
Fonte: O Globo
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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