Há um ano, Paulo Câmara entrava nos holofotes da política pernambucana

1Há um ano, no dia 24 de fevereiro de 2014, a vida do então secretário estadual da Fazenda Paulo Câmara (PSB) tomava outro rumo. Foi nessa data que Eduardo Campos, governador do Estado à época, anunciou de forma oficial que o auxiliar seria o candidato do partido nas eleições de outubro daquele ano. Com o anúncio, realizado em um hotel em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, Paulo deixava a rotina de integrante do primeiro escalão da gestão Eduardo para ganhar os holofotes da política pernambucana.

Paulo foi escolhido como o homem a suceder Eduardo após uma série de polêmicas internas no PSB, que contava com vários pré-candidatos não-oficiais. Entre eles, Tadeu Alencar, Danilo Cabral, Fernando Bezerra Coelho e João Lyra, que assumiu o governo de Pernambuco por nove meses após Eduardo se licenciar para disputar a presidência da República.

Em Boa Viagem, iniciante diante de grandes audiências – a primeira delas um auditório lotado de jornalistas e lideranças políticas de todo o Estado -, o socialista passou o recado com a voz trêmula. A partir daí, foi envolvido em uma rotina de viagens ao lado de Eduardo para se tornar conhecido entre os pernambucanos e ganhar experiência que sobrava no técnico competente e faltava no político recém-lançado.

O desafio de ser o homem que daria continuidade às ações de Eduardo em Pernambuco ficou maior após a morte do ex-governador em agosto, em plena campanha eleitoral. Porém, por mais triste que fosse, sobretudo do ponto de vista pessoal, a perda do padrinho político tornou-se um trunfo e logo Paulo deixou o segundo lugar nas pesquisas de intenção de votos para superar Armando Monteiro (PTB). Nas urnas, o socialista obteve 68,8% dos votos contra 31,7% do rival.

Sem nunca ter passado por nenhum cargo eletivo antes, Paulo assumiu o governo estadual em 1º de janeiro, prometendo fazer um governo de continuidade e honrar as ações de Eduardo. Na prática, já com a caneta de governador nas mãos, enfrentou problemas na área de ressocialização e segurança pública, essa última uma das vitrines da gestão do ex-governador. Também precisou moldar o discurso, que deixou o tom agressivo das eleições para um acorde mais conciliador com a presidente Dilma Rousseff (PT).

Desde que saiu da “sombra” há um ano, Paulo ganhou responsabilidades com as quais não estava acostumado e que se refletiram na vida pessoal. Ficou mais calvo, precisou abandonar o hábito diário de deixar as filhas na escola e passou a conviver com o fato de que tudo o que faz é notícia. Agora, serão quatro anos como governador e o desafio de, no final desse período, mostrar que Eduardo estava certo ao apostar em seu nome.

ENTREVISTA COM O GOVERNADOR PAULO CÂMARA

De que forma o senhor avalia as transformações políticas e pessoais pelas quais passou desde então?

PAULO CÂMARA –
Avalio de forma positiva. Tive a oportunidade, como pré-candidato, e depois como candidato de visitar todo o Estado de Pernambuco, de conversar com lideranças políticas, de conversar com a população, conhecer seus anseios e sonhos. Saber que Pernambuco está no caminho certo, mas que muito precisa ser feito.

Qual o momento de maior emoção (positivamente) que o senhor passou desde então?

PAULO CÂMARA –
Essa foi uma trajetória de muitas emoções. Mas acho que o dia da eleição foi especial. Não apenas pelo resultado que o nosso conjunto de forças conquistou nas urnas, mas pela esperança que pude perceber nas pessoas de que estávamos mantendo um projeto político que deu certo, iniciado por Eduardo em 2007 e que mudou Pernambuco para melhor. Esse é o meu compromisso, que busco reafirmar todos os dias: quero entregar um Estado melhor do que o que recebi.

Qual o momento que ele julga que foi o mais difícil nesse período?

PAULO CÂMARA –
O acidente de Eduardo, com certeza. Foi um momento que exigiu muita serenidade, de acreditar num projeto bem sucedido. Esta crença me deu as condições políticas, que se juntou ao conhecimento da realidade do Estado e da gestão,  da qual fiz parte durante quase oito anos. Como disse no meu discurso de posse: 2014 foi o ano mais intenso da minha vida. Experimentei, a um só tempo, a contradição extrema da morte inesperada e a responsabilidade em conduzir a vida de uma esperança tão bem plantada entre nós. Quando tudo parecia chegar ao fim, eu descobri pelas estradas de Pernambuco, nas ruas e praças do nosso estado, a força indestrutível da nossa gente guerreira. Cada olhar de confiança e cada abraço de solidariedade que recebi, acenderam no meu coração uma grande verdade: com o amor do povo e a fé em Deus, será possível superar toda a dor e construir o novo tempo de um tempo novo que a saudade nos deixou.

Fonte: JC Online

 Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)

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