Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
O Recife conseguiu reduzir as emissões de gás carbônico em 2,5% no ano de 2013, em comparação ao ano anterior. Esse dado integra o segundo inventário de emissões de gases causadores do efeito estufa, divulgado ontem pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SMAS). O órgão também apresentou as metas de redução para 2017 e 2020 e dois projetos que serão levados à Conferência das Partes (COP 21), realizada a partir de segunda-feira em Paris, França.
“A redução parece pouca, mas a nossa expectativa era que as emissões crescessem 6%”, revela o secretário executivo de Sustentabilidade do Recife, Maurício Guerra. Em 2012, foram despejadas 3.120.426 toneladas de CO² (gás carbônico equivalente) na atmosfera. No ano seguinte, esse número caiu para 3.313.239. O principal responsável por essa redução foi o transporte terrestre, grande vilão no ano anterior.
No cômputo das contribuições para agravar o efeito estufa, a participação de ônibus e automóveis caiu de 65% para 62%, graças a um consumo menor de combustíveis fósseis. “Ainda não sabemos a que se deve essa redução”, admite a secretária municipal de Meio Ambiente, Cida Pedrosa, que vai representar o Recife na COP 21.
A secretária comentou que o setor de resíduos – o inventário inclui transportes, resíduos e consumo de energia – passou a poluir mais porque o inventário de 2012 não incluiu os efluentes líquidos (esgotos). “A Compesa forneceu os números apenas de 2013”, informou. A boa notícia, na avaliação de Cida Pedrosa, foi que o Centro de Tratamento de Resíduos Candeias emitiu 130.603 toneladas de gases poluentes a menos em 2013 porque passou a queimar CH4 (metano) e converter em CO2 e vapor de água, menos poluentes que o metano. “Posteriormente, vamos usar esse gás como energia”, adiantou Maurício Guerra.
Até 2017, o município pretende reduzir as emissões em 14,92%. A intenção é chegar em 2020 com 20,8% de gases a menos na atmosfera. “Essas metas foram definidas com base em estudos científicos. São ousadas, mas podemos atingir”, garante Cida. Entre as estratégias para alcançar o objetivo estão previstas a implantação de 76km de ciclovias e medidas para reduzir a frota de veículos nas ruas. Na COP 21, Cida vai apresentar dois projetos: o Parque Capibaribe e o Mapeamento das Áreas Críticas do Recife, que mostra as áreas mais carentes de saneamento básico.
Recife é a 16ª cidade do mundo mais vulnerável às mudança climáticas, segundo o IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, da ONU) em parte por conta da posição geográfica. Mas Pernambuco consegue ser vulnerável em todas as regiões porque tem avanço do mar no litoral, enchentes na zona da mata e estiagens prolongadas no Agreste e Sertão.
Membro do Consulado da França no Recife, Guillame Ernst assistiu a apresentação e declarou que o sucesso da Conferência do Clima vai depender da capacidade de mobilizar todos os atores envolvidos. “Mas os interesses de cada grupo de países às vezes é diferente e isso atrapalha muito”, lamenta.
Fonte: JC
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
Nenhum comentário