Hospitais filantrópicos de todo o Brasil têm protestado em favor da saúde pública, através do movimento nacional Acesso à saúde – Meu direito é um dever do Governo. Muitos denunciam que a tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) está bastante defasada, o que pode prejudicar a continuidade dos serviços das unidades de saúde. A situação de emergência é vivenciada pelo Hospital Maria Lucinda, no bairro do Parnamirim, Zona Norte do Recife.

Na instituição, por exemplo, para cada consulta médica realizada, há um repasse de R$ 10 do SUS. “Metade desse valor vai para o médico; o restante, para o hospital. É um valor pequeno suprir as nossas necessidades. Por isso, pedimos ajuda da sociedade”, informa a irmã Gildene Macena, coordenadora do setor de unidade de terapia intensiva (UTI) do Maria Lucinda.

A instituição, referência no atendimento pediátrico, abraça uma campanha para sensibilizar a população e também pessoas jurídicas. “Estamos precisando de alimentos não perecíveis, produtos de limpeza e higiene, materiais de procedimentos médicos como gazes e esparadrapos, biscoitos e leites para as crianças, além de fraldas, especialmente para adultos”, diz Gildene.

Ao lado de voluntários e profissionais do Maria Lucinda, ela e mais nove religiosas da Associação São Vicente de Paulo mantêm um telemarketing com call center cujo objetivo é arrecadar recursos. E através da Sociedade dos Amigos do Hospital Maria Lucinda (Sahima), esse grupo desenvolve ações sociais em prol do hospital, que também atende adultos e idosos.

“Qualquer produto em bom estado de conservação pode ser doado. Os itens que não conseguimos aproveitar no Maria Lucinda vão para um bazar, cuja renda é destinada à compra de frutas e verduras usadas nas refeições dos pacientes. Conseguimos recolher, por semana, cerca de R$ 700, mas ainda é pouco para a nossa demanda”, diz a secretária da Sahima, Renata Costa. Também são bem-vindos sapatos, roupas, móveis, livros e brinquedos. Em média, o hospital realiza 150 atendimentos por dia.

E mais: são realizadas, na unidade, 700 cirurgias por mês. O pequeno Matheus Roberto do Nascimento, 3 anos, é um dos pacientes que estão na ala destinada ao internamento de crianças que passam por procedimentos cirúrgicos. Ele foi operado, na segunda-feira (6/7), por causa da hipospadia – uma má-formação congênita nos meninos que se caracteriza pela abertura anormal da uretra por baixo do pênis.

“É a segunda vez que ele faz cirurgia pelo mesmo problema. O médico já veio vê-lo e disse que deu tudo certo. Daqui a uma semana, vamos para casa”, diz a dona de casa Glauciana Alexandrino, 30, mãe de Matheus. O garoto está em um dos 40 leitos de enfermaria pediátrica do hospital e que carecem de poltrona para acompanhantes.

Assim como outras entidades filantrópicas, o Maria Lucinda está cadastrado no Transforma Recife, plataforma que funciona como uma rede social e cruza perfis de interesse com ofertas de trabalho voluntário em instituições da capital.

Serviço: 

Para doar qualquer tipo de produto: 81 3267-3756. Informações sobre doações em dinheiro: 81 2123-4040.

Fonte: Ne10

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)