Cobertura do julgamento atrai pelo menos 62 jornalistas de 13 países

Jornalistas estrangeiros trabalham no auditório reservado a eles no Senado (Foto: Renan Ramalho / G1)Sessenta e dois profissionais de imprensa de 13 países fazem a cobertura do julgamento do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, segundo balanço feito pela assessoria de imprensa do Senado até a sexta-feira (26) dos jornalistas credenciados de órgãos de comunicação estrangeiros.

O balanço da assessoria do Senado não considera os veículos internacionais que já cobrem diariamente as atividades parlamentares no Congresso Nacional.

A expectativa é que esse número aumente na segunda-feira (29), dia em que Dilma Rousseff comparecerá ao Senado para fazer um pronunciamento e ser interrogada pelos senadores.

Já enviaram repórteres a Brasília nesta semana 12 canais de televisão, seis jornais impressos, cinco agências de notícias, três emissoras de rádio e uma revista.

São jornalistas de Alemanha, Argentina, China, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Japão, Portugal, Catar, Reino Unido, Turquia e Venezuela.

Interesse
Segundo o correspondente da Agência France Presse Damian Wroclavscky, o assunto “tem diariamente marcado presença nas capas dos jornais franceses”.

O correspondente da Telam, agência pública argentina de notícias, Pablo Lionel Giuliano, disse que entre os seus compatriotas o interesse pelo tema também é “total”.

“É um tema de primeiro nível. Tudo que acontece no Brasil gera influências na Argentina, sem distinção de cor política. O Brasil é o principal sócio argentino”, afirmou.

Ainda segundo o jornalista, há uma expectativa de mudança no intercâmbio comercial da Argentina com o Brasil com a possível confirmação de troca no governo.

“O interesse argentino passa pela complementação de algumas atividades comerciais entre os dois países, caso da indústria automobilística, eixo estrutural da relação bilateral”, disse.

O produtor da TV Al Jazeera (Catar) no Brasil, Rafael Pieroni, contou que, ao longo do dia, repórteres da empresa fazem várias entradas ao vivo na programação internacional da emissora, explicando o andamento do processo.

“Além disso, preparamos reportagens que passam em mais de um telejornal da Al Jazeera”, relatou.

Impressões
O argentino Pablo Giuliano disse que, nos primeiros dias de julgamento, em que foram ouvidas as testemunhas do processo, o que mais ganhou destaque em seu país foram os bate-bocas entre parlamentares.

Na quinta-feira, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) disse, na sessão de julgamento, que metade dos senadores não “tinha moral” para julgar Dilma Rousseff. A declaração gerou intensa discussão entre senadores favoráveis e contrários ao impeachment.

Já na sexta-feira, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Gleisi e Lindbergh Farias voltaram ao assunto e bateram boca sobre a declaração da petista.

“Como os depoimentos de testemunhas são mais técnicos e acadêmicos, as discussões ganharam maior destaque. Teve o presidente do Senado chamando o próprio Senado de hospício. Isso gera repercussão”, disse.

O repórter declarou ainda que considera “natural” o enfrentamento entre parlamentares que estão em lados opostos. Com experiência de cobertura em vários países da América Latina, Damian Wroclavsky acredita que, apesar dos debates acalorados, o processo de impeachment tem transcorrido de maneira “pacífica”.

“Com certeza, em outros países do continente, como Argentina e Venezuela, um processo como este já teria provocado mortes”, comparou.

Estrutura
Os jornalistas internacionais também consideram que a estrutura fornecida para a cobertura do processo de impeachment é adequada, mas poderia ser melhor.

“Acho que poderíamos ter acesso a mais dependências do Senado, mas isso também não impede o trabalho”, disse Wroclavsky.

Com o começo do julgamento, a Polícia Legislativa restringiu o acesso de jornalistas às entradas principais do plenário do Senado e do Congresso.

Jornalistas não conseguem, por exemplo, chegar à Chapelaria, portaria do Congresso pela qual entram senadores, advogados de defesa e acusação e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.

Ainda assim, os repórteres estrangeiros não têm encontrado dificuldade em entrevistar senadores que, em muitos casos, solicitam às suas assessorias de imprensa para viabilizar o contato com os repórteres.

A questão da língua, no entanto, é uma barreira, uma vez que vários parlamentares não falam inglês, contou o auxiliar de um senador ao G1.

Para acomodar jornalistas estrangeiros, o Senado reservou um dos auditórios da Casa. O local conta com telefones, internet, água, e um telão que reproduz a sessão de julgamento.  “Mas jornalistas não estrangeiros não viajam milhares de quilômetros para acompanhar o processo pela televisão”, criticou um correspondente.

Fonte: G1

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)

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