Implante coclear divide opiniões entre surdos

implante_coclear_maria_fernanda_22072016_ursula_freireMarcela* perdeu a audição quase total dos dois ainda bebê, em decorrência de uma meningite. Com um ano e meio, começou a usar aparelho auditivo, daqueles externos, para estimular o sentido que havia perdido. Já adulta, aos 35, decidiu trocar o dispositivo externo por um implante coclear, que é colocado por dentro do ouvido interno. O fato que lhe devolveu qualidade de vida e abriu portas também acabou afastando alguns amigos também surdos. Acontece que algumas pessoas da comunidade surda são contra o implante.

O argumento tem a ver com a manutenção da cultura surda e fortalecimento da comunidade. Magda Souto Rosa do Monte, de 50 anos, é surda e formada em Pedagogia e Letras-Libras. Ela é contra o implante coclear e defende que indivíduos surdos tenham a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como sua primeira língua. “Com a ilusão de que o filho poderá escutar normalmente num futuro próximo [com o implante], os pais não investem no aprendizado de Libras e seus filhos apresentam intensa dificuldade no desempenho escolar, pois não conseguem se comunicar bem através da língua apropriada”, argumenta.

Também surda, e implantada, Marcela contesta a visão. “Eles [quem é contra o implante] alegam que o implante é como uma ‘cura’ para a surdez e que pode, segundo eles, enfraquecer o uso da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Mas isso não vai ocorrer, porque se eu tirar o aparelho eu não consigo escutar nada. Eu preciso saber a Libras também para poder me comunicar sempre”, pontua.

Magda Souto comenta o uso do implante em crianças, tido por muitos pais como “salvação” para a deficiência. Ela alega que o implante ‘só faz com que as pessoas escutem ruídos e poucos sons’. “Quando os pais têm um filho surdo, muitas vezes são aconselhados pelos médicos a realizarem este procedimento e o fazem, pois acham que vai haver grandes resultados. Mas o progresso na audição não vem e, futuramente, traz arrependimentos, já que os ruídos provocam dores de cabeça frequentes e mal estar constante ao indivíduo surdo”, alerta.

Com apenas um ano e oito meses, a pequena Maria Fernanda também é implantada. Seus pais, Dellane e Bruno Mergulhão, não tiveram dúvidas quando ela foi diagnosticada com surdez bilateral severa: iriam recorrer ao implante. “Pouco depois de ela completar um ano, foi feita a cirurgia. Mais quarenta dias após, o aparelho foi ativado. A melhora foi gradativa: inicialmente, ela começou a responder quando Bruno chamava, por ter a voz mais grave; depois, começou a observar a minha voz”, lembra Dellane, com alegria.

Hoje, Maria Fernanda é vista pela família da mesma maneira que uma criança ouvinte sem implante. “Ela vê um cachorro e faz ‘au au’, ela pede água. Faz tudo que outras crianças fazem”, conta o pai, Bruno. Duas vezes por semana, a bebê faz fonoterapia, como parte da reabilitação oral. “O implante foi a melhor coisa que fizemos para nossa filha”, concordam os dois pais.

O implante coclear é um dispositivo que auxilia pessoas que não escutam a voltarem a ouvir. Ele transforma os sons do ambiente em impulsos elétricos, que são levados ao nervo auditivo, dentro da cóclea – daí o nome do aparelho.

Segundo a chefe do serviço de Otorrinolaringologia do Hospital Agamenon Magalhães, Mariana Leal, o uso do dispositivo permite melhor aproveitamento escolar, no caso de crianças, além de melhor socialização. “Em adultos, principalmente os que já adquiriram linguagem oral, o implante possibilita que haja melhor inserção no mercado de trabalho e melhora na qualidade de vida”, cita.

Para que o implante dê bons resultados, é fundamental, também, que a terapia fonoaudiológica esteja associada à reabilitação. “Após a cirurgia de implante, o paciente deve iniciar a fonoterapia, que deve ser realizada de forma sistemática, permitindo a reabilitação dessas pessoas”, orienta.

Há planos de saúde que cobrem a cirurgia do implante coclear, mas também é possível conseguir o tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No Recife, o Hospital Agamenon Magalhães, no Parnamirim, e o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip) oferecem a cirurgia gratuita.

Fonte: Folhape

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)

Ridículo esses argumentos de que o implante coclear “só faz com que as pessoas escutem ruídos e poucos sons” e que “futuramente, traz arrependimentos, já que os ruídos provocam dores de cabeça frequentes e mal estar constante ao indivíduo surdo”. Essa senhora deveria se concentrar em dar aula de Libras ao invés de falar de algo que ela não conhece. Fale com qualquer surdo implantado e NENHUM vai relatar dores de cabeça por causa do som e TODOS vão falar que escutam muito mais do que apenas alguns ruídos. Tanto é que muitos implantados inclusive conseguem falar ao telefone. Se apenas ouvissem ruídos, isso seria impossível.
Um Deputado Federal deveria ver bem o que coloca em seu site.

Quanta groselha falar que um implantado só escuta ruídos, tremenda decepção em descobrir que ela é formada e trabalha na área de educação. Jesus do céu para onde que vai essa geração.

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