Salário mínimo de R$ 998 para 2019 não deve repor perda deste ano

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Os brasileiros que recebem com base no salário mínimo amargaram uma perda real de 0,25% na remuneração de 2018. A situação repercutiu negativamente e o governo se comprometeu em compensar o prejuízo para o ano que vem, o que pode não acontecer.

Aprovado pelo Congresso no valor de R$ 998, o mínimo para 2019 será 4,6% (R$ 44) superior ao atual, fixado em R$ 954. Só não era esperado pelo Planalto ao fechar a proposta de Orçamento a alta recente da inflação.

As expectativas atuais dos economistas consultados pelo BC (Banco Central) apontam que o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) deve terminar o com uma alta de 4,48%. Caso a previsão seja confirmada, o salário mínimo de 2019 terá um ganho real de 0,1%, mas ficará longe de recuperar a perda deste ano.

No acumulado dos anos de 2017 e 2018, o reajuste do ganho básico será de 6,5% e, se todas as expectativas forem confirmadas, o INPC dos dois anos ficará 6,64%. Como consequência, a perda real acumulada pelos trabalhadores no período será de 0,1%.

Compare o salário mínimo brasileiro com o de outros dez países

Pela lei 13.152, assinada em 2015, o salário mínimo pago aos profissionais brasileiros é calculado com base na expectativa para o INPC do ano e a taxa de crescimento real do PIB (Produto Interno Bruto) — a soma de todos os bens e serviços produzidos no país — de dois anos antes. A regra vale somente até o ano que vem, quando o novo presidente decidirá se mantém ou altera a fórmula.

Diante da situação, o coordenador de relações sindicais do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, José Silvestre, afirma que, se a regra for “seguida ao pé da letra”, não serão recuperadas as perdas dá remuneração mínima registradas nos últimos anos.

“A rigor, se o governo aplicar o INPC e a variação do PIB de dois anos antes, vai cumprir a regra, mas as perdas de 2017 e 2018 continuam. […] Para repor os prejuízos, o salário mínimo deveria ser de, pelo menos, R$ 1.000”, analisa Silvestre.

O economista e conselheiro do Cofecon (Conselho Federal de Economia) Fernando de Aquino diz que o valor fechado do INPC de 2018 vai entrar no reajuste do salário mínimo. “Se agora a expectativa é 4,5% e o resultado oficial for 5,5%, o governo vai usar os 5,5%”, garante.

Procurado para comentar a possibilidade de rever o valor do salário mínimo para 2019, o Ministério do Planejamento não respondeu aos questionamentos do R7 até a publicação desta reportagem.

Inicialmente, governo propôs mínimo de R$ 1.002

Inicialmente, governo propôs mínimo de R$ 1.002

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Mínimo de R$ 1.000

Um salário mínimo de R$ 1.000, conforme o projetado por Silvestre, representaria uma valorização de 6,72% sobre a remuneração básica de 2017. Além da reposição da inflação do período, o coordenador de relações sindicais do Dieese afirma que a alta representaria um incremento bilionário na economia nacional.

“Se você tem 48 milhões de pessoas que têm os rendimentos associados ao salário mínimo, com um acréscimo de R$ 46 no valor do mínimo iria resultar em uma injeção de, aproximadamente, 28,7 milhões em um ano na economia”, calcula Silvestre.

Aquino, por sua vez, afirma que o Brasil atravessa um momento de recuperar o crescimento da economia “para voltar depois a valorizar os salários”. “É muito bom valorizar o trabalhador, valorizar os salários, mas eu acho que está na hora de esperar que a economia cresça mais para continuar a valorizar, porque isso pode estrangular a economia. Com salários muito altos, os empresários terão lucros muito baixos e não vão querer investir e continuar operando. Tem esse efeito colateral”, analisa.

Vale lembrar que o governo chegou a propor um salário mínimo de R$ 1.002 (+5%) para 2019, mas recuou ao avaliar justamente que a estimativa do INPC para 2018 havia recuado de 3,8% para 3,3%.

De acordo com o Dieese, o salário mínimo dos trabalhadores brasileiros deveria figurar na casa dos R$ 3.804,06, valor quase 300% superior aos R$ 998 aprovados para 2018. Silvestre, no entanto, recorda que a diferença “já foi muito maior”. “Já tivemos momentos em que o salário mínimo ideal projetado foi nove vezes maior do que o valor oficial”, diz.

Inflação

A previsão para a alta do salário mínimo de 2019 foi tomada antes da greve dos caminhoneiros, quando a expectativa era de uma inflação calculada pelo INPC na faixa dos 3,4%. Foi após as paralisações que as projeções para o índice de preço utilizado no reajuste da remuneração saltaram para 4,4%.

Aquino avalia que a alta dos preços registrada ao final do ano deve ficar realmente próximo às projeções atuais, exatamente ao centro da meta estabelecida pelo governo. “Deve fechar o ano em 4,5% mesmo, que é o valor que o Banco Centra e o governo propõe”, afirma ele.

Mercado aposta em INPC perto de 4,5% para 2018

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A professora de economia Juliana Inhasz, da Fecap (Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado), classifica a alta dos preços ocasionada pela paralisação como algo “pontual”.

“A gente ainda dever por mais um mês o impacto da greve mais evidente nos indicadores, porque se sabe que algumas produções não se regularizaram. Esse evento logo vai se dissipar e a alta da inflação tende a permanecer por outros fatores”, afirma Juliana, que diz não acreditar que o índice de preços deve chegar a 4,5% ao final de 2018.

De acordo com Juliana, o avanço do índice em um percentual superior ao do ano passado será puxado pelo custo das despesas de transporte, contas de luz e bens de consumo influenciados pelo preço dos produtos importados.

https://noticias.r7.com/economia/salario-minimo-de-r-998-para-2019-nao-deve-repor-perda-deste-ano-19072018

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GONZAGA PATRIOTA PARTICIPA DO DESFILE DA INDEPENDÊNCIA NO PALANQUE DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA E É ABRAÇADO POR LULA E POR GERALDO ALCKMIN.

Gonzaga Patriota, acompanhado da esposa, Rocksana Príncipe e da netinha Selena, estiveram, na manhã desta quinta-feira, 07 (Sete de Setembro), no Palanque da Presidência da República, onde foram abraçados por Lula, sua esposa Janja e por todos os Ministros de Estado, que estavam presentes, nos Desfiles da Independência da República. Gonzaga Patriota que já participou de muitos outros desfiles, na Esplanada dos Ministérios, disse ter sido o deste ano, o maior e o mais organizado de todos. “Há quatro décadas, como Patriota até no nome, participo anualmente dos desfiles de Sete de Setembro, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Este ano, o governo preparou espaços com cadeiras e coberturas, para 30.000 pessoas, só que o número de Patriotas Brasileiros Independentes, dobrou na Esplanada. Eu, Lula e os presentes, ficamos muito felizes com isto”, disse Gonzaga Patriota.

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Gonzaga Patriota participa de evento em prol do desenvolvimento do Nordeste

Hoje, participei de uma reunião no Palácio do Planalto, no evento “Desenvolvimento Econômico – Perspectivas e Desafios da Região Nordeste”, promovido em parceria com o Consórcio Nordeste. Na pauta do encontro, está o plano estratégico de desenvolvimento sustentável da região, e os desafios para a elaboração de políticas públicas, que possam solucionar problemas estruturais nesses estados. O evento contou com a presença do Vice-presidente Geraldo Alckmin, que também ocupa o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o ex governador de Pernambuco, agora Presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara, o ex Deputado Federal, e atualmente Superintendente da SUDENE, Danilo Cabral, da Governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, entre outras diversas autoridades de todo Nordeste que também ajudam a fomentar o progresso da região.

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GONZAGA PATRIOTA comemora o retorno da FUNASA

Gonzaga Patriota comemorou a recriação da Fundação Nacional de Saúde – FUNASA, Instituição federal vinculada ao Ministério da Saúde, que havia sido extinta no início do terceiro governo do Presidente Lula, por meio da Medida Provisória alterada e aprovada nesta quinta-feira, pelo Congresso Nacional.  Gonzaga Patriota disse hoje em entrevistas, que durante esses 40 anos, como parlamentar, sempre contou com o apoio da FUNASA, para o desenvolvimento dos seus municípios e, somente o ano passado, essa Fundação distribuiu mais de três bilhões de reais, com suas maravilhosas ações, dentre alas, mais de 500 milhões, foram aplicados em serviços de melhoria do saneamento básico, em pequenas comunidades rurais. Patriota disse ainda que, mesmo sem mandato, contribuiu muito na Câmara dos Deputados, para a retirada da extinção da FUNASA, nessa Medida Provisória do Executivo, aprovada ontem.