Não há data precisa para saída de tropas brasileiras, diz premiê do Haiti

O primeiro ministro do Haiti, Laurent Lamothe, disse que não há uma data precisa para a retirada das tropas brasileiras do país, mas que existe um plano de reduzir gradativamente os soldados e que espera, assim como o cronograma da ONU, retirar até 2016 todos os militares estrangeiros que estão no Haiti.

Lamothe está no Brasil esta semana para uma série de visitas diplomáticas e discussões sobre acordos e parcerias para alavancar a reconstrução do país, que após o terremoto de 2010 teve sua infraestrutura bastante comprometida. Cerca de 300 mil pessoas morreram  e 3 milhões ficaram desabrigadas.

“Primeiro temos que ter a estabilização e conseguir mantê-la. A missão da ONU no país está tendo sucesso, principalmente com a ajuda do Brasil. Quando a nossa Polícia Nacional estiver 100%, poderemos ter progressos e retirar totalmente os soldados. Estamos tendo muitos progressos na segurança, mas não é possível dizer exatamente quando as tropas serão retiradas. O processo de gradativamente reduzir os soldados começou no ano passado e faz parte do plano de desenvolvimento nacional do país”, disse Lamothe ao G1.

O objetivo da visita da comitiva do Haiti ao Brasil é firmar acordos bilaterais, além de trocar ideias e parcerias nas áreas econômica, política, cultural, de saúde, inclusão social, educação e principalmente segurança. O primeiro-ministro relata que encontrou o ministro da Defesa, Celso Amorim, em Brasília na terça-feira (21) e que trocaram ideias sobre como reforçar a segurança e fazer a Polícia Nacional do Haiti ter eficácia, além de discutirem sobre o processo gradativo de redução dos soldados brasileiros no país.

Um acordo de incentivo a polícia de trânsito foi criado. Lamothe disse que o Brasil está acompanhando a transformação do Haiti e que podem ser realizados investimentos em infraestrutura, assim como a retomada de um projeto de usina elétrica no país.

O premiê também teve uma reunião com o ministro de Relações Exteriores, Antônio Patriota, da qual surgiu um acordo para formação de diplomatas e outro de estímulo à agricultura familiar.

O ex-presidente brasileiro Luis Inácio Lula da Silva também teve encontro com Lamothe, considerado muito positivo pelo haitiano.

“Foi muito bom encontrá-lo. Implementamos em nosso país um projeto semelhante ao que ele criou, o Bolsa Família, e estamos muitos satisfeitos com os resultados. Conversamos muito sobre isso”, disse Lamothe.

Em relação à crescente migração ilegal em massa de haitianos para o Brasil, o primeiro-ministro disse que já está resolvendo esse “problema” em conjunto com o governo brasileiro e que o país já está desencorajando os “coiotes” (pessoas que recebem dinheiro para introduzir migrantes ilegais em um país) para favorecer a migração legal, que é vantajosa para os dois países.

Ele disse que o Conselho Superior da Polícia também irá ajudar nessa intermediação. “Nós estamos encorajando a migração legal no nosso país e os haitianos buscam trabalho quando migram”, completa.

Orgulho e superação são palavras que o premiê faz questão de usar ao falar do seu país. Ele disse que, mesmo após a tragédia e durante este período de recuperação, houve um percentual de crescimento econômico de 6,5% ao ano, que a inflação está controlada e que os programas sociais implantados para reduzir a pobreza extrema são um sucesso.

Com base nesses números, o Haiti espera investimentos de empresas brasileiras, principalmente as têxteis. O primeiro-ministro explica que o segmento é muito bem-vindo e que as empresas não precisarão se preocupar com incentivos e com segurança. “Vamos dar incentivos fiscais e econômicos para elas, como retornar as peças ao Brasil sem pagar os direitos, sem os impostos, assim como fazemos com os Estados Unidos”. Na questão da segurança, diz que o país “é o mais seguro da região do Caribe, que a taxa de violência está em 8 mortes por 100 mil habitantes” e que isso “foi um grande trabalho das tropas brasileiras”.

O Brasil integrou a Comissão Interina para Reconstrução do país e foi a primeira nação a contribuir para o Fundo de Reconstrução.

Quando questionado se o país deveria ter Forças Armadas, Lamothe descarta inicialmente a ideia. “Nossa polícia nacional está sendo implementada, será um corpo de intervenção rápida.. Acho que não precisamos de Forças Armadas. Como nosso país sofre várias catástrofes climáticas, o que achamos necessário é ter dentro da polícia nacional um ‘corpo de engenharia’”, disse.

O ano de 2013 também é considerado crucial para o Haiti. O premiê confirma que serão realizadas eleições municipais para prefeito e vereador, além da escolha de um terço da composição do Senado haitiano. Já as eleições presidenciais estão programadas para acontecer em 2016, que pode mudar novamente o cenário do país.

Fonte: G1

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)

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