Novo remédio ajuda a tratar hemofílicos
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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O pequeno João Paulo, nem de longe lembra a criança que era há um mês. As frequentes manchas roxas, decorrentes da hemofilia, deixaram de aparecer, para a alegria da mãe, Angélica Machado, 24. O menino de três anos é um dos primeiros pacientes em Pernambuco a receber a droga, fator VIII recombinante, para o controle da doença hemorrágica hereditária do tipo A. O remédio começou a ser introduzido no SUS no início de junho, como parte do acordo de transferência de tecnologia da droga entre a Hemobrás e a indústria americana Baxter. O processo de transferência, anunciado em outubro de 2012, durará dez anos, mas em cinco anos o medicamento poderá ser produzido no Brasil.
“Eu não sabia de nada, nem que isso existia”, disse Angélica sobre a surpresa com o diagnóstico da doença do filho. Antes de ser diagnosticado com hemofilia, havia suspeitas de que o menino poderia ter problemas cardíacos, até que os exames no Hemope, do Recife, indicaram a real doença. Os desafios foram não só no tratamento, Um acordo entre a Hemobrás e a indústria americana Baxter permitiu que hemofílicos possam se beneficiar do fator VIII recombinante, droga de terceira geração na prevenção da doença. O remédio começou a ser usado no SUS em junho. Sintético, deve suprir a demanda dos 10 mil cadastrados no país. Folha resume mas no preconceito com a comunidade onde vive, em Água Fria, no Agreste pernambucano. “Tive que largar o trabalho, porque quando contei na creche o que ele tinha, nãoo aceitaram”, narrou a mãe.
Já habituada aos novos cuidados com o filho, a dona de casa hoje comemora o sucesso da nova droga, que tem dado maior qualidade de vida a João Paulo. Assim como o menino, cerca de 300 pacientes são atendidos, atualmente, no Hemope Recife para o acompanhamento da doença. Os doentes dependendo do caso podem ter acesso à nova droga, que priorizará num primeiro momento crianças e adolescente até os 18 anos. “A princípio a produção só atende a 30% dos pacientes”, justificou a médica heNovo remédio ajuda a tratar hemofílicos matologista do Hemope, Ana Vanderlei, sobre o direcionamento das doses.
O diretor da Hemobrás, Luis Amorim, frisou que a nova droga gera economia para a União e maior acesso a quem precisa do medicamento. “Vamos ter uma fonte ilimitada”, destacou sobre o fator recombinante. Isso porque, hoje, o remédio feito do plasma sanguíneo é insuficiente para a demanda dos mais de 10 mil hemofílicos espalhados pelo país. Pelos cálculos do diretor, anualmente, há doação de 500 mil litros de plasma, o que garante a cobertura de apenas 10% das necessidades dos hemofílicos do país. Para atender os demais pacientes, o Governo importa o material. Dados do Ministério da Saúde, anteriores a chegada da medicação no SUS, apontavam Tratamento permite rotina normal que 97% dos tratamentos para a hemofilia realizados pelo SUS eram de plasma humano. Os 3% restantes eram pacientes que já faziam o tratamento com o fator VIII recombinante por meio de ações judiciais.
Fonte: Folha-PE
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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