Somente 20% das brasileiras entre 50 e 69 anos fazem mamografia pelo SUS

A coragem de Angelina Jolie, que retirou as duas mamas para se proteger de um provável câncer agressivo, sugerido por um teste genético de última geração, chamou a atenção do mundo inteiro na última semana. Não faltaram elogios à determinação da atriz diante da decisão de abdicar de uma parte do corpo tão ligada à feminilidade. Mas o episódio serviu também para reacender o debate sobre métodos de prevenção de tumores no seio e de como diagnosticá-los na fase inicial. No Brasil, porém, nem mesmo o teste mais elementar para detectar esse tipo de câncer tem cobertura pública satisfatória. Somente 20% das brasileiras em faixa etária de risco – dos 50 aos 69 anos – se submetem à mamografia pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O levantamento, produzido pela Rede Goiana de Pesquisa em Mastologia, segue padrões estatísticos internacionais, relacionando as informações do Ministério da Saúde sobre mamografias feitas no país com o tamanho da população feminina de 50 a 69 anos de cada unidade da Federação, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Embora os dois bancos de dados se refiram a 2010, as conclusões retratam o panorama atual da oferta pública de mamografias no Brasil, garante Ruffo de Freitas Júnior, da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e um dos pesquisadores envolvidos no levantamento. “Houve uma melhora na assistência, mas, também, houve o ingresso de pessoas nessa faixa etária. Não tenho dúvidas de que os números de 2010 refletem bem 2013”, afirma o médico, que é diretor da Escola Brasileira de Mastologia, da SBM.

Em um país em que 75% da população não tem plano de saúde, é de espantar que somente 20% das mulheres com risco de câncer procurem anualmente o SUS para fazer mamografias. Boa parte delas recorre a clínicas privadas, mas não há pesquisas recentes a respeito. Estudo do IBGE de 2008 (o mais recente sobre saúde feminina) mostrou que 30% das brasileiras de 50 a 69 anos nunca haviam feito mamografia na vida. Uma estatística aterradora, especialmente diante da estimativa da SBM de que uma a cada 12 mulheres no país terá câncer de mama.

Para a mastologista Maira Caleffi, presidente da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), o governo precisa reforçar o atendimento preventivo. “Houve expansão do serviço de mamografia, mas ainda é difícil. E depois, com um exame alterado nas mãos, as mulheres não conseguem fazer biópsia pelo SUS”, diz Maira. Só depois dessa fase, após a detecção da doença e a inclusão do paciente no sistema informatizado, é que começa a correr o prazo de 60 dias para início do tratamento, conforme lei que entra em vigor nesta semana. “E antes disso, o que a pessoa faz? O problema é anterior ao tratamento, começa ainda lá na prevenção”, reclama a mastologista.

O Ministério da Saúde informou, por meio da assessoria de imprensa, que não comentaria o estudo da Rede Goiana de Pesquisa em Mastologia por não conhecê-lo. Mas ressaltou que analisar os números de apenas um ano desconsidera as mulheres que fizeram mamografia nos 12 meses anteriores e, portanto, estariam dentro da recomendação do governo, que é se submeter ao teste a cada dois anos. Tal indicação, entretanto, contraria o que preconiza as sociedades médicas brasileiras, que defendem uma periodicidade menor, a cada 12 meses, e que a mamografia seja feita a partir dos 40 anos. Para o Ministério da Saúde, porém, as mamografias só devem ser antecipadas, e se o médico achar necessário, quando houver histórico de câncer de mama em parentes de primeiro grau (mães e irmãs) antes dos 50 anos.

Fonte: Diario de PE

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