As informações captadas pela Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana do Recife – realizada pela Agência CONDEPE/FIDEM em parceria com o DIEESE e a Fundação SEADE – mostram que a taxa de desemprego total manteve relativa estabilidade, ao passar de 13,7%, em julho, para 13,8% da População Economicamente Ativa (PEA), em agosto. Essa é a menor taxa de desemprego para o mês de agosto, desde o início da série. Esse comportamento resultou da relativa estabilidade das taxas de desemprego aberto (de 9,0% para 8,9% da PEA) e oculto (de 4,7% para 4,9%). O contingente de desempregados foi estimado em 256 mil pessoas.
A taxa de participação – indicador que expressa a proporção de pessoas com 10 anos ou mais incorporadas ao mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas – cresceu de 52,9% para 53,8%, no mês em análise. A geração de 26 mil ocupações, número inferior ao ingresso de 32 mil pessoas no mercado de trabalho da Região, resultou no acréscimo de 6 mil pessoas ao contingente de desempregados da região. A População Economicamente Ativa (PEA) foi estimada em 1.858 mil pessoas.
Em agosto, o nível de ocupação na RMR registrou aumento de 1,6% e o contingente de ocupados foi estimado em 1.602 mil pessoas, 26 mil a mais em relação a julho. Segundo os principais setores de atividade econômica analisados, houve crescimento na Indústria de Transformação (4 mil, ou 2,7%), nos Serviços (18 mil, ou 2,1%), na Construção Civil (7 mil, ou 7,3%) e no agregado Outros Setores (2 mil, ou 1,2%) – composto pelos Serviços Domésticos e outras atividades não definidas; e, redução no Comércio (5 mil, ou 1,7%).
Segundo posição na ocupação, verificou-se acréscimo no segmento de trabalhadores autônomos (2,9%), no contingente dos classificados nas demais posições (3,4%) – composto por empregadores, empregados domésticos, trabalhadores familiares sem remuneração e donos de negócio familiar – e, em menor medida, no assalariamento total (0,9%). O comportamento do emprego assalariado resultou do aumento do emprego público (2,4%) e, em menor intensidade, no assalariamento privado (0,5%). O desempenho do assalariamento privado refletiu o aumento do número de trabalhadores sem carteira de trabalho PED/RMR 3 assinada (4,3%) e a variação observada entre os trabalhadores com carteira (-0,3).
Entre junho e julho de 2011, os rendimentos médios reais dos ocupados e dos assalariados aumentaram 0,9% e 1,7%, respectivamente, enquanto o dos trabalhadores autônomos diminuiu em 1,2%. Em termos monetários, passaram a corresponder a R$ 993, R$ 1.078 e R$ 686, respectivamente. No mesmo período, a massa de rendimentos reais dos ocupados diminuiu (0,4%) e a dos assalariados aumentou (0,6%). No caso dos ocupados o desempenho negativo resultou do decréscimo do nível de emprego e do aumento do rendimento médio real, enquanto para os assalariados a ampliação do salário médio real significou um acréscimo na massa de rendimentos.
Em relação a agosto de 2010, a taxa de desemprego total da RMR diminuiu de 15,9% para os atuais 13,8%, resultado dos decréscimos nas taxas de desemprego aberto (de 9,5% para 8,9%) e oculto (de 6,4% para 4,9%). Em números absolutos, foram geradas 68 mil ocupações, número superior ao conjunto de pessoas que ingressou no mercado de trabalho (34 mil), resultando na saída de 34 mil pessoas da situação de desemprego (Tabela 1). A taxa de participação decresceu de 54,2% para 53,8%, no mesmo período.
Nos últimos doze meses, o nível ocupacional cresceu 4,4%, correspondendo à geração de 68 mil ocupações. Os setores de atividade analisados registraram em sua maioria crescimento, exceto o agregado outros setores: Indústria de Transformação (8 mil), Comércio (23 mil), Serviços (25 mil), Construção Civil (17 mil), Outros Setores (-5 mil).
No mesmo período, segundo posição na ocupação, houve ampliação do assalariamento total e dos ocupados classificados nas demais posições em 8,0% e 5,7%, respectivamente, enquanto o número de trabalhadores autônomos reduziu-se em 6,4%. O desempenho positivo do emprego assalariado deveu-se à geração de empregos no setor privado (69 mil, ou 9,2%) e no setor público (8 mil, ou 3,9%). No setor privado observou-se aumento do assalariamento com carteira de trabalho assinada (64 mil) e dos sem carteira (5 mil).
Na comparação com julho de 2010, os rendimentos médios reais dos ocupados, assalariados e autônomos cresceram 8,2%, 7,3% e 6,5%, respectivamente. As massas de rendimentos dos ocupados e assalariados aumentaram 13,4% e 15,2%, respectivamente, em ambos os casos devido à ampliação do nível de ocupação e do rendimento médio real.
Fonte: Blog da Folha
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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