Governo reduz margem de tolerância da meta de inflação para 2017

1No esforço para recuperar a credibilidade da política econômica e reafirmar o compromisso com o combate à inflação, o Conselho Monetário Nacional (CMN) reduziu nesta quinta-feira a margem de tolerância da meta de inflação de 2017. A meta foi mantida em 4,5% ao ano, mas poderá oscilar para cima ou para baixo em até 1,5 ponto percentual, o que resulta em um teto de 6%, um patamar 0,5 ponto abaixo do limite atual, de 6,5%. O conselho tomou ainda uma medida que, na prática, impede que a Petrobras contrate novos empréstimos no BNDES.

A alteração da margem de tolerância da meta de inflação foi a primeira mudança nas chamadas bandas desde 2006. Naquele ano, esse intervalo foi reduzido de 2,5 para dois pontos percentuais. De acordo com interlocutores da equipe econômica, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, foi quem apresentou a proposta de alteração. A ideia não era consenso entre os integrantes do CMN, composto por Fazenda, Banco Central (BC) e Planejamento. No entanto, a visão de Levy acabou prevalecendo.

O argumento usado pelo ministro foi que essa seria uma forma de ajudar a convencer os analistas do mercado financeiro de que o governo está comprometido a fazer com que a inflação caia dos 9% previstos para o fim deste ano para 4,5% no fim de 2016.

MUDANÇA ‘PARA RECUPERAR REPUTAÇÃO’

Segundo o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, a medida foi positiva, mas seria mais eficiente se o governo tivesse reduzido também a meta.

— Eles estão fazendo isso para tentar ancorar a expectativa, mas não sei se isso vai ter um efeito nas estimativas da inflação. Pode ter uma banda mais curta, mas isso não diz muito — disse Perfeito.

Para o economista-chefe da INVX Global Partners, Eduardo Velho, a margem de tolerância menor mostra um maior comprometimento da autoridade monetária com a inflação, mas com pouco efeito nas expectativas de mercado, nas taxas de juros futuros. Segundo ele, se essa medida tivesse sido tomada até 2008, quando o processo inflacionário vinha em trajetória descendente, o impacto seria forte.

— O impacto é neutro porque a inflação está muito elevada e, desde 2009, a gente não cumpre a meta central (de 4,5% ao ano) — disse o economista.

Ele observou que o governo está dando os primeiros passos para recuperar a “reputação perdida”, mas que existem outros fatores levados em consideração na formação de expectativas do mercado, como as dificuldades do governo em fazer o ajuste fiscal e queda na receita, diante da estagnação da economia.

CENTRO DA META FOI MANTIDO

Para Luís Otávio Leal, economista-chefe do banco ABC Brasil, a mudança não significa mais aperto de juros, já que o centro da meta foi mantido. Pelas contas do economista, feitas antes da decisão de ontem, seria possível alcançar esse objetivo com juros em 14,25% ao ano — número que seria alcançado com mais uma alta de 0,5 ponto percentual na taxa Selic.

— Uma das coisas importantes nesse pós-crise é que a comunicação (com o mercado) virou um instrumento de política monetária tão importante quanto o próprio juro — destaca Leal.

Já Fábio Silveira, diretor de pesquisas econômicas da GO Associados, teme que o controle mais rígido resulte em aperto monetário maior, com efeito sobre a atividade econômica. Ele pondera que a estratégia de elevar juros pode não ser o melhor caminho para conter a alta de preços, uma vez que a inflação brasileira já não é mais tão influenciada pela demanda do consumidor, que anda em queda. Outro risco, diz Silveira, é o da indexação de preços, que utiliza índices passados para reajustar contratos, como o de aluguel. Nesse caso, o efeito da alta de juros é litado:

— A gente está numa encruzilhada. Se aumenta-se de forma exagerada a taxa de juros, derruba-se o nível de atividade de tal forma, enquanto não se sabe se isso vai derrubar a inflação.

A meta de inflação de 2016, que poderia ter sido revista pelo CMN, também foi mantida em 4,5%, mas com a atual margem de tolerância de dois pontos percentuais.

Fonte: O Globo

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)

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