No Recife, nível de endividamento cresce entre os mais pobres
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
O endividamento cresceu para as famílias recifenses com renda mensal entre um e dois salários mínimos neste início de ano, num cenário de alta dos preços e encarecimento e restrição do crédito, que vem evidenciando uma mudança de hábitos na hora dascompras. Segundo a primeira Pesquisa de Perfil de Inadimplência de 2015, divulgada ontem pela Câmara de Dirigentes Lojistas do Recife (CDL Recife), o percentual de famílias que ganham entre R$ 788 e R$ 1.576 por mês e estão endividas passou de 36%, em dezembro de 2014, para 45%, em abril. Aqueles que possuem renda familiar mensal de até três mínimos corresponderam atualmente a 79% dos negativados.
“Esse resultado pode indicar a dificuldade que a classe E tem tido em honrar seus compromissos, dado a situação econômica atual de forte inflação, diminuição da massa salarial do trabalhador e encarecimento de crédito que atingem, principalmente, a população de baixa renda”, comenta o presidente da CDL Recife, Eduardo Catão em comunicado.
Muitos consumidores têm mudado os hábitos para driblar o cenário de aperto em relação a anos anteriores. O momento, comentam muitos economistas, é a primeira crise econômica enfrentada pela classe média após a sua ascensão, o que tem forçado as famílias a dar um passo atrás nas opções de compras, incluindo alimentos e bebidas. Segundo a Câmara, 38% dos entrevistados disseram estar substituindo marcas e ou cortando supérfluos e 34% diminuíram o consumo de bens básicos (alimentos, higiene, vestuário).
A maior parte dos consumidores (65%), no entanto, afirmaram que não tem tomado nenhuma medida para amenizar os efeitos da inflação. Já 22% buscaram fontes alternativas para aumentar a renda familiar e 8% tomaram empréstimos bancários recentemente.
Na primeira Pesquisa de Perfil de Inadimplência do ano, outro ponto chama atenção. Pela primeira vez, ter sido “fiador, avalista ou ter emprestado o nome” apareceu como o principal motivo causador de dívidas, com 25% do total de respostas. Deixou para trás a alternativa de “falta de planejamento/descontrole” (24%), que vinha figurando como principalmente causa das dívidas. O resultado próximo reforça a importância da prática do planejamento financeiro antes de ir às compras.
Muitos consumidores sequer sabem quanto devem (19%). Analisando todos as classes sociais, de acordo com o estudo da CDL Recife, houve uma diminuição de 6,0 p.p., entre dezembro e abril, dos que alegam possuir dívidas no valor total compreendido entre R$ 100 e R$ 499. Eles são maioria, com 24% do total. Os que possuem dívida entre R$ 500 e R$ 999 estão em segundo lugar entre os valores de dívidas mais recorrentes (19%).
Embora tenham reduzido 7 p.p. desde dezembro, as prestadoras de serviços são, pela segunda vez consecutiva, as credoras que mais causaram a negativação dos consumidores locais. São agora 34% do total das dívidas. A dupla cartão de crédito e cartão de loja vem logo em seguida. Somados, correspondem a 45% das contas em atraso. O empréstimo bancário chegou a 11% do total.
O levantamento da Câmara coleta informações sobre origem do débito, grau de escolaridade, renda familiar, causas da inadimplência, período de atraso do(s) título(s), valor da dívida, recursos que pretende utilizar para quitação da pendência, entre outros tópicos. As entrevistas são executadas no setor de atendimento ao público do SPC, onde circulam diariamente cerca de 800 pessoas.
Fonte: JC
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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