Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
Entre os especialistas que atuam nas áreas de pediatria, obstetrícia e medicina fetal, dificilmente há um que não conheça histórias recentes de bebês com microcefalia ou de mulheres grávidas que tenham recebido, durante um ultrassom, a informação de que o filho apresenta o tamanho da cabeça menor do que o normal para a idade gestacional. Essa percepção dos médicos é confirmada pelos números apresentados ontem pelo Ministério da Saúde. Já são 739 recém-nascidos que apresentam suspeita da malformação (casos quintuplicaram em 15 dias), que continua a avançar em Pernambuco, onde o número de bebês com microcefalia praticamente duplicou em uma só semana. Agora, com 487 casos notificados e 27 de outubro a 22 de novembro (desse total, 175 já foram confirmados), o Estado percebeu que está mais do que na hora de ampliar o atendimento aos recém-nascidos, gestantes e famílias.
Agora o Hospital Barão de Lucena passa a fazer parte da rede de referência para os bebês, a fim de reforçar o trabalho que vem sendo realizado pelo Hospital Universitário Oswaldo Cruz e pelo Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira – este último passará também a atender as gestantes com ultrassom indicativo de microcefalia. Ainda para as grávidas, será oferecido apoio no Hospital Agamenon Magalhães e no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros. “O Estado passará a fazer notificação imediata dessas grávidas e também daquelas que, independentemente de ter ultrassonografia sugestiva de microcefalia, apresentarem manchas vermelhas na pele”, diz a secretária-executiva de Vigilância em Saúde de Pernambuco, Luciana Albuquerque. Ela acrescenta que o protocolo das gestantes, a ser lançado brevemente, prevê coleta de sangue dessas mulheres para diagnóstico laboratorial e ultrassom entre a 32ª e 35ª semana de gravidez.
Fonte: JC
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