Observatório da Imprensa debate cobertura da tragédia em Mariana

1A tragédia do rompimento da barragem de rejeitos da mineradora Samarco em Bento Rodrigues, distrito de Mariana (MG), no dia 5 de novembro, que matou 12 pessoas, deixou 11 desaparecidos, centenas de desabrigados e um rio morto, poderia ter sido evitada, mas a mídia desconhecia o problema e não deu a devida importância no início da cobertura. Este é o tema do debate que será exibido pelo programa Observatório da Imprensa, da TV Brasil,apresentado pelo jornalista Alberto Dines, que via ao ar às 23h de hoje (26).

O coordenador do Centro de Estudos e Pesquisas em Emergências e Desastres em Saúde (Cepedes), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Carlos Machado de Freitas, diz que o Brasil precisa inverter o foco e trabalhar com a prevenção dos acidentes.

“Esse desastre envolve claramente um criador de risco, uma empresa que tem uma responsabilidade, sabidamente. Então eu não preciso esperar uma semana ou quatro semanas para dizer que eu vou punir. Talvez nem fosse necessário punir se a gente tivesse investido anteriormente em estratégias de prevenção, controle e fiscalização mais eficazes. Um acidente como esse, que parece surpresa toda vez que ocorre, para os governantes, para os órgãos público, até para a imprensa, é como uma fratura exposta, que revela uma série de omissões, por vezes antigas, e até negligência, envolvendo o poder público e as empresas”.

Freitas ressalta que é necessário um órgão que centralize e coordene as ações emergenciais, além de um treinamento prévio da população dos arredores desses empreendimentos para que as pessoas saibam como agir em caso de desastre, o que não ocorreu em Mariana. O editor-chefe do site Oeco, Eduardo Pegurier, diz que a própria imprensa desconhecia a situação das barragens das mineradoras antes do desastre, tema que poderia ter sido aprofundado anteriormente.

“A reflexão sobre a imprensa é que a tragédia começa antes, tem o momento do ápice e vai ser desdobrar pelo menos por algumas décadas. A gente não pode deixar isso para trás, quando acabarem as imagens da lama. Esse é um grande desafio. Outro desafio talvez seja conseguir gerar matérias que consigam prever acidentes desse tipo. A gente precisa ter mais institucionalidade para evitar os acidentes e a imprensa deveria participar disso, deveria estar mais capaz de cobrir a falta de transparência, os problemas de licenciamento, toda a sucessão de coisas que levou a um acidente que é inadmissível, que deveria ser de baixíssimo risco”.

Segundo a jornalista Laura Capriglione, do coletivo Jornalistas Livres, que foi no dia seguinte à tragédia para Mariana, o Ministério Público havia denunciado o risco de rompimento da barragem há dois anos e nada foi feito. “Essa não é uma tragédia que aconteceu sem aviso. Em 2013 o Ministério Público de Minas Gerais avisou em um documento, que é quase uma profecia, que Bento Rodrigues estava sob uma ameaça terrível e nenhuma providência foi tomada. Nem sequer as sirenes para avisar a população da ruptura da barragem foram instaladas. Elas foram instaladas dois dias depois do desastre. É uma piada”.

Laura citou o caso dos 33 mineiros que ficaram presos no Deserto do Atacama, tragédia que ela também cobriu, quando o governo se mobilizou e disponibilizou todos os recursos para resgatar as pessoas com vida. Todos os convidados do programa criticaram o fato do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, conceder uma entrevista dentro da sede da empresa, o que remete à relação promíscua existente entre o público e a iniciativa privada no caso de Mariana.

Fonte: Agência Brasil

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)

 

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