21 de setembro, Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência
O Brasil é um país com uma população total de 190.755.799 habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 2010, distribuídos por uma extensão territorial de 8.502.728,269 Km2.
O País caminha velozmente rumo a um perfil demográfico cada vez mais envelhecido, pois o índice de envelhecimento aponta para mudanças na estrutura etária da população brasileira. Em 2008, para cada grupo de 100 crianças de 0 a 14 anos, existiam 24,7 idosos de 65 anos ou mais. Em 2050, o quadro muda e para cada 100 crianças de 0 a 14 anos existirão 172,7 idosos.
Os resultados do Censo 2000 mostram que, aproximadamente, 24,6 milhões de pessoas, ou 14,5% da população total, apresentam algum tipo de deficiência. O IBGE levou em conta que deficientes são pessoas com ao menos alguma dificuldade de enxergar, ouvir, locomover-se ou alguma deficiência física ou mental.
É importante destacar que a proporção de deficientes aumenta com a idade, passando de 4,3% nas crianças até 14 anos para 54% do total das pessoas com idade superior a 65 anos. À medida que a estrutura da população está mais envelhecida, a proporção de pessoas com deficiência aumenta, surgindo um novo elenco de demandas para atender as necessidades específicas deste grupo. Abaixo, o gráfico ilustra os números referentes à distribuição por tipo de deficiência:
Além de graves problemas de falta de acessibilidade em locais públicos e de uso comum, as pessoas com deficiência enfrentam diversas outras dificuldades:
– Alto custo de medicamentos e tratamentos;
– Discriminação e preconceito;
– Dificuldade em se colocar no mercado de trabalho;
– Ausência de escolas preparadas (pedagógica e estruturalmente) para receber crianças com deficiência e promover sua inclusão à sociedade;
– Alto custo de equipamentos mais sofisticados (uma cadeiras de rodas de qualidade ou um smartphone com recursos de acessibilidade para cegos e surdos, por exemplo);
– Grande burocracia para ter acesso a alguns benefícios, como desconto na aquisição de veículos, descontos em passagens aéreas, seguros, aposentadorias e outros;
– Falta de acessibilidade nos meios de comunicação e entretenimento (principalmente em websites, televisão, cinemas e teatros);
– Falta de treinamento das pessoas que trabalham no atendimento ao público (shoppings, aeroportos, restaurantes, bancos e outros);
– Falta de transporte público acessível, tanto urbano quanto intermunicipal e interestadual.
Existem muitos outros problemas além dos citados acima. Muitos deles já possuem soluções garantidas por lei, mas grande parte das pessoas com deficiência ou seus familiares desconhece este fato. Além disso, no Brasil, infelizmente, o que é de direito do cidadão tem de ser “solicitado”, enquanto deveria simplesmente ser oferecido pelo poder público e pela iniciativa privada.
Vamos todos juntos, cidadãos de bem, com deficiência ou não, divulgar esta grande luta!
Fonte: Acessibilidade na Prática
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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