Amazônia tem o menor índice de desmatamento no mês de agosto desde 2004
Em agosto, a Amazônia perdeu uma área de 164 km², segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Em relação a agosto de 2010, houve redução de 38% no ritmo do desmatamento.
O número é o menor registrado para um mês de agosto desde o início da série histórica do sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), em 2004.
Também houve queda na comparação com julho, quando o Inpe registrou a derrubada de uma área equivalente a 225 km².
Mauro Pires, diretor de Políticas de Combate ao Desmatamento do Ministério do Meio Ambiente, comentou o levantamento.
– O resultado significa que as ações que foram adotadas de abril para cá [quando houve um pico de desmatamento], como a instalação do gabinete de crise e o envio de fiscais para os estados, tiveram impacto muito grande, porque vêm garantindo redução mensal do desmate.
De acordo com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, os dados do desmatamento da Amazônia em setembro deverão manter a tendência de queda do ritmo da devastação.
– A avaliação preliminar e a avaliação em campo feitas pelo Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis] sinalizam que o [desmate registrado pelo] Deter de setembro será menor. A tendência de queda deve se manter, os dados são muito positivos.
O Deter, que revela dados mensais, monitora áreas maiores de 25 hectares e serve para orientar a fiscalização ambiental. Além do corte raso (desmatamento total), o sistema registra a degradação progressiva da floresta.
A taxa anual de desmate é calculada por outro sistema, o Prodes (Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal), que é mais preciso, por avaliar áreas menores.
Em 2010, a taxa anual foi 7.000 km², segundo dados consolidados divulgados nesta segunda-feira (3) pelo Inpe.
A estimativa preliminar, divulgada em novembro de 2010, era 6.451 km².
De acordo com o coordenador do programa Amazônia do Inpe, Dalton Valeriano, a diferença de 8,5% entre a estimativa e a consolidação da taxa de desmatamento está dentro da margem de erro.
– Toda estimativa tem uma margem de erro de 10% admitida. Nos últimos quatro ou cinco anos, as estimativas têm ficado aquém do consolidado. Significa que o desmatamento está se pulverizando, novos focos estão aparecendo.
Apesar da correção para cima, a taxa de 2010 ainda é a menor registrada pelo Inpe desde o início da série história do Prodes, em 1988.
Em novembro, o Inpe deve divulgar a nova estimativa de desmatamento anual, com dados para o período entre agosto de 2010 e julho de 2011.
Fonte: R7
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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