Brasil poderá aumentar participação no FMI
A presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira (14) que o Brasil poderá aumentar sua participação no FMI (Fundo Monetário Internacional).
Durante cerimônia com governadores da região Sul em Porto Alegre, a presidente afirmou também que jamais aceitará que o FMI imponha a países em crise critérios que foram impostos ao Brasil quando precisou recorrer a recursos do Fundo.
Hoje, os EUA prometeram ajudar os europeus a lidarem com a crise da dívida por meio da entidade, ao invés de usar diretamente seus recursos.
O anúncio partiu do secretário do Tesouro norte-americano, Timothy Geithner.
Segundo ele, o FMI já tem recursos muito substanciais que poderiam ser disponibilizados como um apoio financeiro para a União Europeia.
– Se a Europa tiver uma estratégia ampla em andamento que parece fazer sentido e usar seus amplos recursos financeiros, então nós ficaremos felizes em ver o FMI desempenhar um papel contínuo.
O secretário do Tesouro disse que os governos da União Europeia precisam assumir um compromisso claro de que disponibilizarão tantos recursos quanto forem necessários.
De acordo com Geithner, o uso de dinheiro dos contribuintes norte-americanos por meio do FMI para ajudar a Europa era apropriado, mas ele não sugeriu que os EUA deem mais dinheiro para o FMI ou destinem fundos para o problema diretamente.
– Nós temos um grande interesse que a Europa avance com isso e solucione isso.
Entenda o caso
O FMI é uma organização internacional que tem como missão garantir o funcionamento do sistema financeiro internacional por meio de empréstimos e do monitoramento das finanças dos países. O fundo, criado em 1945, reúne 185 nações.
Até 2009, o Brasil participava como devedor. A partir daquele ano, no entanto, o Brasil se tornou credor do FMI ao comprar US$ 10 bilhões (R$ 17,4 bilhões na cotação atual) em notas emitidas pelo órgão.
O acordo, que fez parte de um esforço de aumento da capacidade de empréstimo do FMI durante a crise mundial, também previu que Rússia e Índia emprestassem o mesmo valor ao fundo.
Já a China emprestou cinco vezes mais, ao comprar US$ 50 bilhões (R$ 87 bilhões em valores atuais) em notas emitidas pelo FMI.
Fonte: Reuters
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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