Brasileiros precisam pagar mais para manter o carro
O brasileiro está gastando mais. Muita gente se endividou para realizar um sonho de consumo: comprar um carro zero. Mas esqueceu de fazer as contas. Além do financiamento, manter um carro ficou mais caro. Foi maior do que o aumento da inflação. O álcool disparou mesmo em plena safra. Hoje só é vantajoso abastecer com etanol em quatro estados. Os preços dos estacionamentos, que já eram caros, estão praticamente extorsivos.
Manter um carro não é fácil. “Muito caro e impostos que você tem de pagar, como IPVA, estacionamento, Zona Azul, pedágio”, comenta o comerciante Francisco Ribeiro Feitosa. “É outra família, sai caro”, diz um rapaz.
Uma passadinha básica na oficina pode comprometer o orçamento. “As peças começam a ficar velhas. Tem de repor. Você tem de passar no mecânico para fazer limpeza de bico, trocar velas e fazer uma manutenção geral no carro”, conta o vendedor Paulo Henrique Costa.
Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra que os preços de uma cesta de produtos ligados ao automóvel subiram 8,42% nos últimos 12 meses. É mais que a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que foi de 6,40%.
O grande vilão foi o álcool, com alta de quase 30%. Subiu tanto que hoje, levando em conta o preço médio, só é mais vantajoso abastecer com etanol em quatro estados: Goiás, Mato Grosso, São Paulo e Tocantins. Ainda assim, é preciso pesquisar. A gasolina também subiu 7,70%. De qualquer forma, as ruas continuam abarrotadas de carros.
Os serviços de reparo aumentaram bastante: mais de 10%. Lavagem, seguro e óleo lubrificante também tiveram reajustes acima da inflação. A bateria não subiu tanto, mas o gerente da loja especializada em produtos automotivos, Marcos Jaime Gonçalves, lembra que no inverno ela acaba ficando mais cara.
“No inverno os carros tem de puxar mais energia, tendo um desgaste maior da bateria com consequência de a bateria perder a força. Isso gera uma nova aquisição de uma bateria melhor”, explica o subgerente Marcos Jaime Gonçalves.
Em São Paulo, é praticamente impossível circular pela cidade sem precisar de um estacionamento. Com a falta de espaço, os preços sempre foram salgados e no último ano subiram mais de 15% na média nacional. Se apesar do aumento dos custos telespectadores ainda não desistiram de comprar um carro, a boa notícia é que tanto novos quanto usados estão um pouco mais em conta.
As medidas do governo para desacelerar a economia esfriaram as vendas de automóveis.
Em uma loja, o movimento diminuiu 30%. “É a lei da oferta e da procura. Então, a gente tem reduzido preço para realizar a venda”, comenta um funcionário da loja.
O preço do carro usado caiu cerca de 3%. Já os automóveis novos ficaram só um pouco mais baratos, cerca de 1%. A pesquisa também mostrou que os gastos com um veículo próprio podem consumir cerca de 7% do orçamento familiar
Fonte: G1
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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