Classe C já é 52% da população: Pesquisa mostra que casa própria é maior desejo de aquisição
Após diversas medidas adotadas pelo governo para aumentar o poder de compra dos brasileiros, especialistas percebem forte migração da classe D para a C. Tanto é que, hoje, boa parte da população – antes sem poder de compra – passou a ter acesso a uma melhor qualidade de vida. De acordo com o gerente de Pesquisa de Opinião da Empresa de Pesquisas Técnicas Ltda (Exatta), João Matos, atualmente, a classe C corresponde a mais de 52% de toda a população. Há 13 anos, em Pernambuco, a classe A correspondia a 20%; a C, 30%.
“Está provado estatisticamente que a casa própria é o maior desejo dessas pessoas. A classe C cresceu tanto que já representa mais da metade da parcela de consumidores. Então, o grande desafio dos empreendimentos é atender à demanda dessa classe. Hoje, todo mundo tem um carro, casa própria, viaja de avião em voos domésticos e internacionais, tudo isso é muito notório”, comentou o diretor da Exatta, Tonico Araújo. Recentemente, a Folha de Pernambuco fechou parceria com a empresa de pesquisa. A partir de agora, a Exatta será a responsável por todas as pesquisas do jornal, no que se refere a questões internas, de mercado, política eleitoral, poder de compra da população, de mobilidade, entre outras.
Segundo Araújo, agora a empresa está empenhada em traçar os planos a serem executados com a parceria. “Vamos trabalhar em cima de questões internas como, por exemplo, como os leitores avaliam o jornal, o que precisa melhorar e qual o perfil do leitor do impresso e do online são algumas das possibilidades. Podemos fazer levantamentos sobre a mobilidade, gastos com cartões de crédito, pesquisas políticas e outras. Dessa forma fica mais fácil atender ao leitor”, explicou.
Ainda de acordo com Araújo, na atual situação econômica do País, quem manda é a classe C. “Quem controla o mercado e quem consome mais é a classe C, então temos que ouvi-la. E, no caso da Folha, o número de leitores dessa classe social expandiu e, sem dúvidas, embora este seja o público do jornal, é preciso estudar o assunto”, declarou.
Segundo Matos, quando a Folha entrou no mercado “acabou assustando a concorrência pela popularidade”. “Os empresários, inclusive, passaram a ler mais esse jornal porque quando chegavam em seus escritórios todos os seus funcionários, de menor poder aquisitivo, compravam a Folha e se inteiravam de tudo. Além disso, há 13 anos a classe C só representava 30%, o que era pouco em comparação aos mais de 52% de hoje. Quanto mais você conhece esse leitor, melhor fica a comunicação. E a pesquisa ajuda a dar lastro na comunicação”, argumentou.
A Exatta foi eleita no mês passado a maior das regiões Norte, Nordeste e Sul na categoria faturamento anual pela Associação Brasileira de Empresas de Pesquisas (Abep), que agrega cerca de 200 grandes empreendimentos do ramo. E, recentemente, a empresa ganhou a licitação para fazer pesquisas de avaliação dos serviços da Companhia Paranaense de Energia (Copel). Os critérios para a contratação foram com base na técnica oferecida pela empresa e quem apresentava melhor preço. “Conseguimos vencer porque o que pesou, para nós, foi a técnica em fazer pesquisas”, enfatizou Araújo.
Fonte: Folha de Pernambuco
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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