Comandante convida líderes dos bombeiros no Rio para reunião na segunda-feira
O comandante geral do Corpo de Bombeiros e secretário de Defesa Civil, o coronel Sérgio Simões, convidou os 15 militares que estão liderando as negociações do movimento que pede reajuste de salário e anistia para os militares presos para uma reunião nesta segunda-feira (20).
– Convido os 15 oficiais e praças que têm protagonizado as negociações para uma reunião no Quartel General da corporação, para apresentar a exata dimensão dos números, as reais possibilidades, o que o governo concedeu e onde vamos chegar. Quero mostrar que vamos chegar a uma boa posição.
Simões ressaltou que uma das dificuldades apontadas pela tropa foi a falta de diálogo e que agora pretende negociar pessoalmente com representantes do movimento, ao lado do novo chefe do Estado Maior, o coronel Alcântara, que assumiu o cargo na quinta-feira (16).
– Quem vai recebê-los sou eu. Quero que a tropa saiba que eu não delego essa responsabilidade.
Uma das condições impostas pelos bombeiros para prosseguir nas negociações é a anistia dos processos administrativos e da justiça militar, abertos após a invasão do quartel central no último dia 4. Para pressionar o governo e o comando da corporação, eles voltaram a ocupar as escadarias da Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) na quinta-feira (16).
O coronel Simões, porém, afirmou que não pretende suspender a investigação interna da corporação ao afirmar que “nós gostamos da nossa farda. Sabemos que temos direitos e deveres, e que devemos obedecer a um código de ética e normas de conduta”. Por outro lado, o novo comandante indicou que as responsabilidades no episódio da invasão ao quartel central serão apuradas caso a caso e individualizadas.
– Meu papel é apurar o que aconteceu e individualizar as responsabilidades.
Ele afirmou ainda que uma eventual anistia na Justiça Militar não o isentaria de levar adiante o processo interno da corporação.
A suspensão, nesse caso, seria uma atribuição do Congresso Nacional, onde deputados federais já apresentaram emendas para suspender a punição aos bombeiros, baseado em uma lei semelhante sancionada pelo presidente Lula em 2010.
Simões também afirmou que foram suspensas as transferências determinadas no início das manifestações como uma forma de punição contra os bombeiros que lideravam o movimento. Muitos militares que trabalhavam como guarda-vidas foram transferidos para quartéis de combate a fogo, e outros foram remanejados para unidades bem distantes de onde serviam.
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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