Compra de etanol de outros países pelo Brasil superará 1 bi litros nesta temporada
O Brasil importará 1,1 bilhão de litros de etanol anidro na temporada 2011 e 2012 (que começou em Abril e terminará no fim de Novembro) para atender a demanda crescente em meio a uma quebra de safra de cana no centro-sul, disse o presidente da Unica (União da Indústria de Cana-de-açúcar), Marcos Jank.
Segundo ele, as importações previstas para 2011/12, maiores dos últimos tempos e que superam de longe os 78 milhões de litros da temporada passada, já consideram a redução na mistura de etanol na gasolina, de 25% para 20%, anunciada no mês passado e que deve entrar em vigor em outubro.
Segundo Jank essa é uma importação natural frente ao tamanho da quebra da safra.
– Uma importação de 4% [da produção nacional] é uma importação necessária frente a uma quebra de safra superior a 15%.
Há quem espere volume ainda maior de importação. A consultoria Datagro estimou em 1,49 bilhão de litros o volume a ser comprado no exterior.
Jank acrescentou que a moagem de cana do centro-sul do Brasil, que produz cerca de 90% da safra nacional, ficará abaixo da previsão atual da Unica.
Várias consultorias importantes do setor, como a Kingsman e a Canaplan, já trabalham com uma safra inferior a 500 milhões de toneladas em 2011/12.
Na atual temporada, a produção brasileira sofre efeitos de adversidades climáticas nos últimos anos, como chuvas em excesso e seca, além de recentes geadas. Uma redução de investimentos nos canaviais também colaborou para a queda na produtividade.
Jank explicou ainda que o Brasil continua exportando etanol, mesmo com uma safra menor, para cumprir contratos de longo prazo e também porque alguns importadores dos Estados Unidos têm pago um prêmio superior a 70 centavos de dólar por galão pelo biocombustível de cana brasileiro, considerado avançado.
– A grande maioria é etanol para uso industrial, contratos assinados nos últimos anos.
O Brasil exportará na temporada 2011/12 cerca de 1,45 bilhão de litros, contra 1,9 bilhão de litros na safra anterior.
Segundo ele, apesar da quebra de safra, o mercado brasileiro tem enfrentado bem a situação.
– O que está enxugando mesmo é o tamanho do mercado de hidratado (usado pelos veículos flex).
Fonte: R7
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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