Compulsão por jogos é uma doença e deve ser tratada
Em frente às máquinas de jogos de azar, fazendo apostas, estão, muitas vezes, homens e mulheres doentes. São pessoas dependentes, que jogam por compulsão e têm dificuldade para abandonar o vício.
Segundo a psicóloga Norma Barreto os viciados em jogos têm consciência que a prática pode trazer consequências negativas, mas não sabem qual é o limite. “Ele sabe que não tem controle, ele sabe que precisa de algo ou alguém que dê limite. Porque ele próprio não consegue estabelecer esse limite”, diz.
Ela explica que a compulsão por jogos é classificada, inclusive, no Código Internacional de Doenças, como jogo patológico. “Existe uma dinâmica no cérebro favorável para a dependência. A pessoa que joga por compulsão perde o controle de todo o sistema de organização psíquica e afetiva”, afirma Norma.
De acordo com a médica, a dependência, seja do que for, requer um tratamento. “O tratamento pode ser feito por meio de medicamentos, pode ser de ordem psicológica, ou nos grupos de auto-ajuda, como o Jogadores Anônimos. Eles se reúnem uma vez a cada semana, realizam encontros, palestras, debates”, conta a psicóloga.
ONDE PROCURAR AJUDA
Os Jogadores Anônimos funcionam no mesmo estilo dos Alcoólicos Anônimos. As reuniões são aos domingos, às 10h, no Edifício Tereza Cristina, no 8º andar, sala 805. O prédio fica por trás do cinema São Luiz, no bairro da Boa Vista, centro do Recife. Para participar, não precisa pagar nada e nem se identificar.
O tratamento também pode ser feito nos os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Quem mora no Recife, pode ligar para a Ouvidoria da Secretaria Municipal de Saúde para saber onde fica o CAPS mais perto da sua casa. O telefone é 0800 281 1520 e o atendimento funciona de segunda a sexta, das 7h às 19h. O serviço também é gratuito.
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