Crise leva ouro e dólar ao topo do ranking de investimentos em 2011
A crise da dívida da Europa e a turbulência financeira que atingiu o mundo este ano foram resposáveis colocaram o ouro e o dólar como as duas melhores opções de investimentos de 2011. O metal acumulou alta de 15,85% e a moeda americana valorizou 12,32% durante o ano.
Tanto o dólar como o ouro são considerados reservas de valor e alternativas mais seguras para investimentos. Portanto, é normal que ganhem valorização em tempos de instabilidade econômica.
O diretor da corretora Reserva Metais, André Nunes, que negocia ouro, explica que a demanda pelo metal aumentou consideravelmente depois dos atentados às Torres Gêmeas em 2011.
– Se você olhar um período mais longo, verá que desde o ataque de Bin Laden ao World Trade Center, a procura por ouro cresceu muito. O receio de comprar algo que não é palpável ou que pode ser destruído fez as pessoas retomarem o interesse pelo ouro.
A procura pelo metal precioso por pequenos investidores cresceu tanto nos últimos anos (sobretudo depois de 2008), que as corretoras passaram a negociar barras de menor valor no Brasil.
A Reserva Metais, de André Nunes, por exemplo, vende barras de 5 gramas por R$ 500. Antes, o investimento mínimo era de R$ 5.000 em barras de 50 gramas.
As opções de aplicação que integram a renda fixa – fundos de renda fixa e DI, CDB e poupança – também tiveram bons resultados no fechamento do ano.
Os fundos de renda fixa ganharam 9,59%; os fundos DI, 9,18%; os CDBs com aplicação superior a R$ 100 mil renderam 9,08%; a caderneta de poupança, 7,45%.
Os CDBs com aplicação de até R$ 5.000 deram retorno de 7,03%; e os fundos DI de pequenos investidores, 7,34%. Todas as opções superaram o investimento nos aluguéis, que são reajustados pelo IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado), que encerrou 2011 em 5,1%.
No fundo do poço está a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), que encerrou o ano com queda de 18,11% – terceiro pior resultado anual desde a criação do Plano Real.
Números mais desastrosos que esse foram vistos em 1998, quando a bolsa brasileira se desvalorizou 33,46%. Neste período, o mundo passava pelas crises asiática e russa.
Depois, em 2008, a Bovespa recuou 41,22%, motivada pela quebra do banco americano Lehman Brothers e a consequente turbulência financeira atual.
Fonte: R7
Blog do Deputado Federal Gonzaga Patriota (PSB/PE)
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