Defesa Civil alerta para mais chuva forte de hoje até o dia 4
A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) de Minas Gerais alerta para uma frente fria deverá estacionar em Minas Gerais no período, causando chuvas de forte intensidade, com volume estimado entre 150 e 200 mm. Há condições para ocorrência de temporais isolados no Triangulo Mineiro e Sul, no período da tarde.
Subiu para 35 o número de municípios mineiros que decretaram situação de emergência, de acordo com balanço divulgado pela Cedec. Alagoa, no Sul de Minas e Claro das Poções, na região Norte, sofreram com as enxurradas, enquanto Alvinópolis, na região Central, e Timóteo, no Vale do Aço, registraram vários deslizamentos.
Uma reunião na Cidade Administrativa entre o Governo do Estado, Ministério da Integração e 16 dos 29 municípios afetados que foram convidados discutiu os problemas causados pela chuva e como será o socorro. De acordo com o major Edilan Arruda, coordenador de comunicação do Cedec-MG, os representantes destas cidades estão sendo orientados de como deverão proceder para enviar a comunicação do estado de emergência para e receberem a verba federal.
Pelo novo balanço, 97 cidades mineiras foram afetadas pela chuva, sendo 62 atingidas. No Estado, 7.848 pessoas estão desalojadas desde o outubro deste ano, início do período chuvoso, sendo 374 desabrigadas. Foram registrados dois óbitos e 31 feridos. Ainda segundo o levantamento, 1.952 imóveis e 34 pontes foram danificados e 73 casas e 45 pontes destruídas.
Com a chuva de terça-feira (27), a região mais afetada em Belo Horizonte foi a da Pampulha, com 43,6 mm de chuva até as 21h34. Ruas ficaram alagadas e diversas casas foram inundadas.
Segundo o Corpo de Bombeiros, ocorreram 91 pontos de alagamento, duas quedas de árvores, cinco desabamentos e três chamadas referentes a riscos de desabamentos. Os chamados foram feitos entre às 17 horas de terça-feira e 7 horas desta quarta-feira (28).
Na avenida Atlântida, bairro Santa Terezinha, região da Pampulha, os bombeiros precisaram usar barcos para retirar pessoas que ficaram ilhadas dentro de casas. Os motoristas abandonaram os veículos na enxurrada, enquantos ônibus faziam manobras para desviar dos alagamentos.
Os córregos Ressaca e Sarandi transbordaram em Contagem e na Pampulha. Na avenida Serrana, na divisa de Contagem com BH, dezenas de casas foram alagadas e as pessoas não tiveram como sair. Carros boiaram na avenida Balesteros, no bairro Guanabara, em Contagem, próximo à Ceasa.
Na mesma cidadde, no bairro Novo Progresso, três casas desabaram e um homem ficou levemente ferido. O cenário era de total destruição.
A avenida Tereza Cristina ficou alagada na altura dos bairros Carlos Prates e Coração Eucarístico. O Ribeirão Arrudas não chegou a transbordar, mas o nível da água encostou nas vigas de concreto.
Na rua Amanda, bairro Betânia, região Oeste de Belo Horizonte, a laje de uma casa desabou, mas ninguém ficou ferido. Na BR-381, um acidente envolvendo três caminhões e a queda de um barranco deixaram o trânsito parado em Betim.
Até as 21h34 desta terça-feira o maior volume de água caiu sobre a Pampulha, seguida da Noroeste, com 44,2 mm; Barreiro, com 41,4 mm; Centro-Sul, com 37,8 mm; Oeste, com 32,6 mm; Leste, com 18,6 mm; Venda Nova, com 16,8 mm; e Nordeste, com 8,8 mm.
A forte chuva que vem castigando a Região Metropolitana de BH desde a madrugada de domingo, ainda não deu trégua e já bateu novo recorde se tornando a maior dos últimos 100 anos. A marca esperada para dezembro era de 319 milímetros e já somam 659 milímetros. Segundo o meteorologista Ruibran dos Reis, o drama ainda vai continuar. A previsão é que continue chovendo forte até o dia 4 de janeiro.
Betim sofre com as chuvas
Em Betim, na RMBH, foram registrados 80 milímetros de precipitação, em apenas 40 minutos, cerca de um quarto da média histórica de janeiro.
Foram registrados vários pontos de alagamento por toda cidade, sobretudo no entorno das avenidas Edmeia Mattos Lazzarotti e Marco Túlio Isaac, que margeiam, respectivamente, os rios Betim e Riacho das Areias.
O bairro mais afetado foi o Nossa Senhora de Fátima, na Região Norte, em virtude do transbordamento da represa Várzea das Flores, que não tem comportas que possibilitam a liberação controlada do excesso de água. O bairro é o mais próximo ao vertedouro da represa.
Os desalojados da chuva de terça-feira foram atendidos durante a madrugada pelo plantão da Defesa Civil e encaminhados para duas escolas da rede municipal: Belizário Ferreira Caminhas (Av. Campo Florido, 888, Jardim Teresópolis) e Fausto Figueiredo de Oliveira (Rua Piracicaba, 45. Nossa Senhora de Fátima).
Segundo a assessoria de comunicação da Prefeitura de Betim, a Defesa Civil atendeu 64 chamados entre a noite de terça-feira e madrugada desta quarta.
Ainda foram registrados dois desabamentos de residências no bairro Santa Lúcia, na região do Teresópolis, sem vítimas. Equipes também seguem vistoriando áreas de risco nas regiões do Jardim das Alterosas, Teresópolis e PTB.
A Secretaria Municipal de Infraestrutura também está trabalhando na limpeza dos pontos alagados. A Prefeitura de Betim informou ainda que, nos últimos meses, está trabalhando para minimizar os efeitos da temporada de chuva em relação aos anos anteriores.
Foram identificadas 13 áreas de risco, que já receberam obras de manutenção, como limpeza de córregos, drenagem e ampliação do número de bacias para contenção das águas pluviais. Duas delas estão situadas nos bairros Imbiruçu e Alvorada (Parque Fernão Dias) e uma terceira está sendo concluída na Região do PTB, com previsão de inauguração em julho de 2012. Também foi realizado o desassoreamento das calhas dos rios Betim e Riacho das Areias.
Fonte: Hoje em Dia
Blog do Deputado Federal Gonzaga Patriota (PSB/PE)
Nenhum comentário