Dilma: faxina ética e governabilidade
Uma técnica, competente, experiente, revolucionária. Esta assume as rédeas de um país emergente, porém, em plena crise financeira no planeta, e se vê, quase que obrigada, a formar a sua equipe de trabalho por ministros, presidentes de órgãos, diretores de empresas públicas e servidores comissionados, através de critérios políticos, muitos desses indicados por partidos integrantes da sua base de apoio. Por isso, tem que tomar cuidado com os que querem tirar uma lasquinha dos cofres públicos, para beneficiar esses partidos ou desviar dinheiro para seus próprios bolsos.
Os problemas detectados pelo governo da Presidente Dilma Rousseff não são apenas a falta de honestidade, mas também a incompetência sem limites de muitos dos seus auxiliares. Dentre os quase 22.000 servidores contratados para ajudar ao seu governo, pouquíssimos, até o momento, se destacaram ou exibiram perfil técnico exigido para as funções que estão exercendo, empacando a máquina gestora da administração pública brasileira.
Nenhum país do mundo tem tantos servidores indicados por políticos. Nos Estados Unidos, por exemplo, esse número é de pouco mais de mil funcionários comissionados em cargos de confiança.
Mas, independentemente de todo e qualquer entendimento político-eleitoral que tenha feito parte da formação de apoio ao seu governo, a Presidente Dilma – em sete meses de administração – já destituiu quatro ministros: Antonio Palocci, Alfredo Nascimento, Nelson Jobim e Wagner Rossi, e ainda com pelo menos dois na reserva, para serem colocá-los também no olho da rua.
Olhando de fora, se constata claramente que o governo Dilma vem sendo marcado por uma crise, que aparentemente, são poucos os precedentes; no entanto, sua gestão, segundo pesquisas divulgadas no calor da crise, tem uma aprovação popular superior a dos seus antecessores, Fernando Henrique Cardoso e do próprio Presidente Lula.
Ao declarar esse processo de faxina ética em seu governo, e promover uma mini reforma ministerial, Dilma Rousseff aumentou o seu cacife político, ampliou o seu prestígio perante a classe média e ganhou adeptos que repudiam qualquer índice de corrupção.
A Presidente Dilma Rousseff precisa do Congresso, da mesma forma que o Brasil precisa combater a corrupção, por isso deve continuar fazendo essa limpeza, e não faxinas hipócritas ocorridas em governos anteriores.
GONZAGA PATRIOTA, contador, advogado, administrador de empresas e jornalista, pós-graduado em Ciência Política e Mestre em Ciência Política e Políticas Públicas e Governo e Doutorando em Direito Civil pela Universidade Federal da Argentina.
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
ESSE GONZAGUINHA É PAU. BATE E DEPOIS ALISA. É ISSO MESMO DEPUTADO, OU DILMA ARROCHA OU O PT E O PMDB LHE ENGOLE.