Dólar tem maior queda desde maio de 2010, a R$ 1,829

O dólar comercial fechou o pregão desta sexta-feira em queda de 3,48%, cotado a R$ 1,827 na compra e R$ 1,829 na venda, maior tombo percentual desde maio de 2010, quando recuou 4%. Numa das semanas mais movimentadas no mercado de câmbio desde a crise financeira de 2008, a moeda acumulou, assim, uma valorização de 5,54%. Segundo analistas, a menor aversão a risco nos mercados internacionais e a atuação do Banco Central (BC) ontem ajudaram a acalmar os nervos dos agentes no mercado.

No mercado de ações, o Ibovespa, índice de referência da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), fechou em queda de 0,09%, a 53.230 pontos, segundo dados preliminares. O índice chegou a cair 0,84% de manhã e depois subiu 1,08%. A nova promessa do G-20 de fazer um “esforço internacional” pela estabilidade econômica falhou em acalmar os mercados nesta sexta-feira, apesar dos na Europa sobre uma nova ação de estímulo monetário pelo Banco Central Europeu (BCE).

Segundo Wolfgang Walter, da Global Hedging, a recuperação de bancos franceses nos mercados de ações da Europa nesta sexta-feira acalmou um pouco os investidores. Os mercados também estariam em processo de acomodação da taxa de câmbio, passando por ajustes após agentes promoverem uma correria desenfreada por dólares nos últimos dias.

“A atuação do BC ontem também tirou um pouco da pressão sobre o câmbio. Foi também um recado forte ao mercado. Psicologicamente e financeiramente, o BC mostrou que não estava gostando da valorização do dólar tão forte e tão rápido”, afirma.

O dólar terminou o pregão de quinta-feira com valorização de 1,61%, a R$ 1,895, maior nível desde 1 de setembro de 2009, mas chegou a subir 5,25% durante os negócios. A expansão só foi limitada após a atuação do BC com a venda de US$ 2,7 bilhões em swap tradicional no mercado futuro.

As bolsas da Europa abriram em queda, mas fecharam em alta, sobretudo por causa de rumores sobre uma possível ação do Banco Central Europeu (BCE) para prover liquidez ao sistema bancário, segundo membros do Conselho da autoridade monetária europeia citados pela agência Bloomberg News.

Em Londres, o FTSE 100 fechou em alta de 0,50%. O CAC 40, de Paris, valorizou-se em 1,02%. O DAX, de Frankfurt, ganhou 0,63%. Em Madri, o Ibex 35 avançou 2,12%. Na bolsa de Milão, o FTSE MIB teve alta de 1,36%. Em Wall Street, o Dow Jones sobe 0,06%, o S&P 500 avança 0,41% e o Nasdaq ganha 0,73%.

Analista da SLW Corretora, Pedro Galdi explica que as notícias sobre a Europa têm maior impacto sobre as bolsas de lá, enquanto a Bovespa tende a seguir mais de perto os negócios nos EUA.

“O dia é de muita oscilação e as ações que estão subindo hoje no Brasil passam por ajuste técnico, porque caíram muito”, diz Galdi.

Entre as chamadas blue chips, ações mais negociadas na Bolsa, Petrobras PN (preferencial, sem direito a voto) caía 1,18%, a R$ 19,27, Vale PNA perdia 1,54%, a R$ 40,94, e OGX Petróleo ON (ordinária, com voto) se valorizava 0,95%, a R$ 11,69.

“A impressão que dá é que a Bolsa não vai a lugar nenhum hoje”, analisa o diretor de varejo da Ativa Corretora, Álvaro Bandeira.

Para Bandeira, os mercados nos EUA e no Brasil estão indo e vindo em função de notícias e rumores. O problema é soluções precisam ser anunciadas. Do contrário, a semana que vem pode começar com as bolsas no vermelho.

“O mercado está esperando uma ação das lideranças políticas dos países desenvolvidos. De inação, está tudo mundo cheio”, diz Bandeira, para quem o viés é mais positivo do que negativo, por ser improvável que medidas efetivas sejam eternamente proteladas.

Na avaliação de João Pedro Brugger, analista da Leme Investimentos, além do cenário internacional turbulento e incerto, a Bovespa deverá oscilar em função de fatores internos. Desde o início do mês, o inesperado corte de 0,5 ponto percentual da taxa básica de juros (Selic), para 12%, e a disparada do dólar alteraram o ambiente para a Bolsa.

“Desde o corte da Selic, o mercado entrou num processo de reavaliação dos preços do ativos e de troca de carteiras de ações”, diz Brugger.

Dada a volatilidade desta sexta-feira, o analista considera difícil prever a tendência nas bolsas. Não há previsão de divulgação de dados importantes e os negócios ainda estão sob o impacto da forte turbulência de ontem, quando o Ibovespa fechou em queda de 4,82%.

Já a notícia de que a agência Moody′s rebaixou a nota de crédito de bancos da Grécia e a indicação do ministro das Finanças grego, Evangelos Venizelos, de que o país está mais próximo do calote, na avaliação de Brugger, já estão sendo levados em conta pelo mercado:

“O calote grego já está considerado nos preços. O maior temor é a possível quebra de um banco de grande porte”.

O G-20 prometeu dar uma resposta “forte e coordenada” aos desafios advindos da crise da dívida europeia e do fraco crescimento econômico. “Estamos comprometidos a tomar todas as ações para preservar a estabilidade do sistema bancário e dos mercados financeiros”, conforme o texto divulgado.

Na Ásia, o mercado de Tóquio fechou com baixa de 2,07%, somando 8.560,26 pontos. O Hang Seng, de Hong Kong, declinou 1,36%, aos 17.668,83 pontos. Em Sydney, o SP/ASX 200 perdeu 1,56%, ficando em 3.903,20 pontos. Na praça de Xangai, o Shanghai Composite caiu 0,41%, marcando 2.433,16 pontos. Em Seul, o Kospi registrou forte retração, de 5,73%, para 1.697,44 pontos.A autoridade financeira da Coreia do Sul avisou nesta jornada que planeja fortalecer o monitoramento das condições de liquidez e de fluxos de capital em meio à escalada da volatilidade do mercado.

Fonte: Agência O Globo

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)

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