Eduardo Campos comanda Congresso do PSB em Brasília
O presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, abriu nesta sexta-feira as plenárias dos movimentos sociais que fazem parte do Congresso Nacional do partido, ressaltando o crescimento dos socialistas e as perspectivas de avanço nas eleições municipais do ano que vem. Ele evitou falar sobre pretensão de candidatura própria em 2014, mas o tema foi lembrado horas mais tarde pelo ex-deputado Ciro Gomes (PSB-CE), que deixou clara sua contrariedade diante dos ambiciosos planos de Eduardo Campos de se cacifar para participar da sucessão presidencial.
– Eduardo Campos tem todos os dotes para isso, só lhe falta a estrada que tenho – alfinetou Ciro, ao chegar à noite à Convenção Nacional do PSB, realizada em Brasília.
Ao ter seu nome citado no microfone, Ciro foi obrigado a engolir algumas vaias da plateia que lota o auditório Petrônio Portela, no Senado. Há ainda uma faixa estendida entre os militantes do partido que diz o seguinte: “Queremos a democracia de volta no Ceará: Fora ditadura dos Ferreira Gomes”.
Mais cedo, com o plenário do Auditório Nereu Ramos também lotado, Campos fez questão de falar da necessidade do partido continuar unido, apesar de alianças com PSD e PSDB, e continuar apoiando o projeto do governo Dilma Rousseff.
– Não podemos nos fracionar, senão volta a velha política que não serve ao Brasil – disse o governador de Pernambuco, pedindo ainda mais solidariedade ao projeto político de Dilma.
Em sua fala Eduardo Campos pediu aos militantes e dirigentes do PSB que aprofundem o debate com o Brasil profundo e se aproximem do Brasil real.
– Somos o partido que mais cresceu na eleição de 2010, crescemos em 2008 e vamos crescer mais ainda em 2012. Vamos crescer porque focamos nossa pauta no povo – disse Eduardo Campos, completando: – O PSB tem feito bem ao Brasil onde governa.
E falou também de como o Brasil está enfrentando a crise econômica que se abateu sobre os Estados Unidos e agora sobre a Europa.
– Nós aqui pelejamos para que essa crise toque o povo o menos possível. Nós apoiamos o projeto da presidente Dilma na hora boa e na hora ruim – disse Eduardo Campos.
Campos anunciou que o PSB vai ter candidatos em cabeça de chapa competitivos em cerca de 1500 municípios e coligados em outros cerca de 4 mil.
O ato político teve a presença da ministra da Igualdade Racial, Luiza Bairros (PT), e do senador recém empossado João Capiberibe (PSB-AP), que foi muito aplaudido e festejado. Um conjunto de repentistas se apresentou, com uma música que exaltava em sua letra “um projeto nacional”. Também já passaram por lá os ministros Alexandre Padilha (Saúde) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais), além do presidente da Câmara, Marco Maia (RS), todos petistas.
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