Empresa valoriza candidato que controla emoção
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
Não apenas de inglês e experiência no exterior se faz um bom profissional. Se antes ter um currículo perfeito, com cursos de especialização e fluência em vários idiomas era fundamental, hoje, as prioridades são outras na hora de selecionar jovens para programas de trainee. Algumas empresas, como a L’Oreal e a Unilever, já começaram a perceber que nem sempre porque tinham uma boa qualificação os candidatos apresentavam competência emocional e maturidade suficientes para exercer cargos de liderança.
Com o intuito de conhecer melhor o perfil dos candidatos, novos filtros e estratégias foram adotados pelas entidades. As etapas presenciais do processo seletivo e as dinâmicas de grupo que só eram realizadas no final, impedindo que os jovens expressassem o modo de se conduzir em novas situações e suas expectativas em relação à empresa, passaram a ser mais valorizadas e, inclusive, servindo como critério decisivo. Métodos inovadores como games e chats onlines e até envio de vídeos também estão sendo utilizados pelas instituições para avaliar os candidatos. Essa mudança de ênfase do currículo acadêmico para o perfil comportamental dos jovens reduziu bastante o nível de abandono após os programas. Uma das empresas pioneiras dessa transição, a Whirlpool, obteve resultados positivos com a diversificação, chegando a ter quase 70% de retenção dos trainees.
As empresas deixam claro, porém, que a qualificação do profissional não deixa de ser importante. No entanto, o argumento é que certas aptidões, como capacidade para inovar e para trabalhar em equipe, são mais difíceis de adquirir uma vez que o jovem já foi contrato. Enquanto que cursos de inglês e de pós-graduação podem surgir como incentivo, inclusive financeiro, dos próprios empregadores mesmo após o ingresso no cargo. Muitas vezes, investir na capacitação do funcionário vale mais a pena do que lidar com pessoas arrogantes e despreparadas na hora de receber sugestões e críticas e de executar difíceis tarefas.
Além da inteligência emocional, uma das maiores preocupações do processo de seleção dos jovens profissionais é a identificação com a entidade. Ainda é muito comum os jovens chegarem às entrevistas sem saberem do que se trata a empresa e de quais funções ele pode desempenhar. Mostrar-se interessado e que conhece a história da organização é sempre um diferencial. Ter um prévio conhecimento sobre a linha empresarial da instituição e sintonizar as expectativas com o que está sendo oferecido também podem minimizar as possíveis frustrações no futuro do jovem. Com isso, ganham o jovem e a instituição.
Fonte: Jornal do Comércio
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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