Esgotamento sanitário é o serviço básico mais precário
A pesquisa do IBGE mostrou que o esgotamento sanitário é, entre quatro serviços considerados essenciais ofertadas em aglomerados subnormais, o que tinha o menor percentual de adequação, ou seja, 67,3%. Abastecimento de água, coleta de lixo e energia elétrica respondiam por 88,3%, 95,4% e 72,5%, respectivamente.
À primeira vista, se os números surpreendem, é importante ressaltar que as desigualdades regionais são muito elevadas. Em Roraima, por exemplo, apenas 1,8% do esgotamento sanitário pode ser considerado adequado, ou seja, com domicílios ligados à rede geral de esgoto ou com fossa séptica. Em Tocantins, o percentual era ainda pior: 0,9%. Na comparação por unidade da federação, as disparidades se repetiam em relação aos outros serviços básicos, embora de forma um pouco menos acentuada.
Além disso, a pesquisa não levou em conta a qualidade do serviço ofertado. Não levantou, por exemplo, com que frequência era feita a coleta de lixo e nem se o fornecimento de energia elétrica era sistematicamente interrompido.
Coordenador do Laboratório de Habitação da UFRJ, o professor Mauro Costa observa que há uma soma de carências nos chamados aglomerados subnormais.
“A situação nessas comunidades é de precariedade. Não há infraestrutura adequada, e os serviços não costumam ter qualidade. Ocorre um ciclo, pois não há investimento. É um quadro de dificuldades, uma soma de carências” diz ele.
Fonte: Agência O Globo
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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