Estacionamento em aeroporto rende 20,4% da receita total da Infraero
A receita com a cobrança de estacionamento nos aeroportos já representa 20,4% da receita total da Infraero em 2011. Dos R$ 937 milhões arrecadados pela estatal até outubro, R$ 191,349 milhões vieram da exploração de vagas para veículos.
O faturamento com estacionamento vem crescendo de 15% a 20% ao ano e atualmente representa a segunda principal fonte de recursos da Infraero, atrás do aluguel de espaço para comércio e propaganda, informou o superintendente de Negócios Comerciais da Infraero, Claiton Resende Faria.
Em 2009, a receita com a cobrança de estacionamento somou R$ 149,076 milhões, 19,1% dos R$ 780 milhões arrecadados pela Infraero no ano. Em 2010, de um faturamento total da empresa de R$ 947 milhões, R$ 173,425 milhões (18,3%) vieram dos estacionamentos.
Apesar da arrecadação alta, a estatal pretende totalizar, em 2011, R$ 22 milhões de investimentos em obras, melhorias e ampliação de estacionamentos nos aeroportos. Para 2012, a previsão é de aplicação de R$ 6 milhões. Os valores não incluem investimentos das concessionárias que administram parte dos estacionamentos.
A falta de vagas de estacionamento é hoje uma das principais reclamações de usuários em alguns aeroportos do país, como em Guarulhos, o mais movimentado do Brasil.
Tarifa
Dos 66 aeroportos administrados pela Infraero, 31 cobram pelo estacionamento de veículos e, em 19 deles, o serviço é feito por concessionária. O G1 pesquisou o valor da tarifa de estacionamento em 26 desses aeroportos e constatou que a maior diária é cobrada em Congonhas, em São Paulo: R$ 61.
O preço é quase o dobro do cobrado em Guarulhos, também em São Paulo, onde estacionar o veículo por um dia custa R$ 31,50. O segundo aeroporto mais caro para deixar o carro é o Santos Dumont, no Rio de Janeiro, onde se cobra R$ 53 pela diária.
O superintendente de Negócios Comerciais da Infraero, Claiton Resende Faria, nega que a tarifa de estacionamento dos aeroportos seja alta. De acordo com ele, o preço é “adequado” e acompanha o valor praticado na região de cada aeroporto.
Em alguns aeroportos como Congonhas e Guarulhos, informou ele, o preço praticado no estacionamento está abaixo do mercado. Em Guarulhos, disse o superintendente, a tarifa não é reajustada há pelo menos seis anos.
“Onde tem um fluxo muito grande de passageiros, a Infraero está praticando preço abaixo do mercado”, disse Faria. Sobre a insuficiência de vagas de estacionamento, ele diz que a situação é agravada pela ausência de transporte público, como metrô, para acesso aos aeroportos, o que obriga os usuários a utilizar o carro.
Fonte: G1
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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