Estudo da Ceplan prevê novo tempo para interior de Pernambuco
De acordo com o estudo divulgado pela Ceplan Consultoria, políticas públicas e novos investimentos já começaram a mudar o desenho socioeconômico das Regiões de Desenvolvimento (RD) de Pernambuco. Apesar de o montante de verba que será investido no Estado estar concentrado na Região Metropolitana do Recife (RMR), os R$ 11,9 bilhões já iniciaram a mudança no Sertão do São Francisco, por exemplo.
Naquela RD, segundo o IBGE, de 2000 a 2010, a população cresceu 2,4% ao ano em média, o que leva a mais de 93 mil moradores na região. Para a consultoria o aumento do PIB do Estado, que está acima da média, seria uma das explicações. Entre 2000 e 2008, a taxa do PIB do Sertão do São Francisco foi de 7,02% ao ano, o dobro da estadual, que era de 3,85%.
Desde o início das obras da Transnordestina, a geração de empregos, entre 2005 e 2010, subiu 18,7% no Sertão Central, duas vezes mais que nos Sertões do Araripe e do Moxotó que tiveram altas de 9,3% e 9,0%. Já o Sertão do Pajeú não ficou por baixo e, entre 2006 e 2010, teve um crescimento de 22% ao ano das transferências da Cota-Parte do ICMS para os municípios, o maior aumento anual entre as RDs.
Além da evolução econômica, a Ceplan mostra os resultados sociais. A taxa de mortalidade infantil caiu praticamente pela metade em algumas das regiões do interior. A maior queda registrada foi na Mata Sul, onde o número de mortos por cada 1.000 nascidos vivos baixou de 41,2 em 2000, para 13,8, em 2010.
No mesmo período, o índice de analfabetismo na população com 15 anos ou mais também caiu no Estado, saindo de 24,50% para 18,01% e mais significativamente no Sertão do Araripe, passando de 37,93% para 25,85%.
Por outro lado, a Ceplan lembra que a taxa de pobreza ainda é mais alta no interior. Segundo os analistas, “para se chegar a um desenvolvimento sustentado no Estado, é preciso investir ainda mais em instrumentos e incentivos econômicos para atrair investidores e políticas sociais”.
No Agreste Meridional, em 32,3% dos domicílios, a renda per capita mensal é de 1/4 do salário mínimo. No Araripe, são 33,1% das casas vivendo com este valor. A consultoria afirma que as transferências de renda por meio de programas como o Bolsa Família contribuem para aliviar o nível de pobreza. No Agreste Central, em 2010, estavam 13,4% das famílias beneficiadas. Na RD Metropolitana, encontra-se a maior concentração: 32,4%.
Fonte: Folha de Pernambuco
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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