Estudo da PF indica que oxi é uma nova apresentação da cocaína
A Polícia Federal divulgou nesta quarta-feira uma nota oficial esclarecendo os padrões que a corporação está adotando em todo o território nacional na classificação do entorpecente Oxi. De acordo com a PF, ela não será considerada uma nova droga e sim uma diferente forma de apresentação da cocaína.
Um estudo comparativo foi realizado entre amostras apreendidas nas ruas em condições de consumo pela Polícia Civil do estado do Acre e amostras apreendidas em condições de tráfico internacional ou interestadual pela Polícia Federal no Acre.
As 23 amostras da Polícia Federal, todas contendo cocaína na forma de base livre, exibiram teores de cocaína na faixa de 50-85% (média de 73%), sendo compostas predominantemente de cocaína “não oxidada”, isto é, na forma de pasta base de coca. As demais amostras foram refinadas (“moderadamente oxidadas” ou “altamente oxidadas”) e se encontravam na forma de cocaína base.
Nas 20 amostras de oxi, apreendidas pela Polícia Civil foram observados teores de cocaína na faixa de 29-85% (média de 65%). Dentre elas, quatro apresentavam menores teores de cocaína (29-47%) e quantidades significativas de carbonatos, sendo típicos exemplos da cocaína na forma crack.
Outras seis amostras se apresentavam na forma de cocaína sal cloridrato (57-85% de cocaína nestas amostras), que não são normalmente utilizadas na forma fumada e que, portanto, não foram consideradas como possíveis amostras de oxi.
Os resultados revelam que não há quantidades significativas de cal (óxido de cálcio) e de hidrocarbonetos (como querosene ou gasolina) nas amostras de oxi apreendidas pela PC/AC. Isto é, os resultados deste estudo não confirmam a informação que tem sido vinculada na mídia que quantidades significativas destas substâncias teriam sido utilizadas na formulação da cocaína oxi.
O único fármaco adulterante encontrado nas amostras de “oxi” analisadas foi a fenacetina, encontrada entre 0,4-10% em 05 amostras da PF/AC e entre 0,4-22% em 07 amostras da PC/AC.
O trabalho também mostra que, além do crack e da cocaína sal (tradicionais formas de apresentação comercializadas na rua), os usuários estão consumindo diretamente pasta base (sem refino) e cocaína base (refinada) com elevados teores da droga (acima de 60% de cocaína), o que pode contribuir para gerar pronunciados efeitos estimulantes e psicotrópicos e aumentar a possibilidade de efeitos deletérios como overdose.
Fonte: www.diariodepernambuco.com.br
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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