Fundação mantém Nobel de Medicina a pesquisador que morreu na última 6ª feira
A Fundação Nobel manterá o prêmio de Medicina concedido ao canadense Ralph M. Steinman, que morreu na última sexta-feira (30) e foi agraciado nesta segunda (3) com a honraria junto com o americano Bruce A. Beutler e o francês Jules A. Hoffmann por suas contribuições ao estudo do sistema imunológico.
A notícia do falecimento de Steinman, vítima de um câncer aos 68 anos, foi divulgada poucas horas depois do anúncio do prêmio. Por isso, a Fundação Nobel considerou que agiu “de boa fé” e respeitando o espírito do prêmio, apesar de ir contra uma de suas regras.
O estatuto da fundação proíbe que uma pessoa seja agraciada com título póstumo, a não ser que tenha morrido no período entre o anúncio e a entrega do prêmio. O Comitê Nobel de Medicina e Fisiologia anunciou nesta segunda-feira os vencedores deste ano às 6h30 (de Brasília), e o reitor da Universidade Rockefeller (EUA), onde Steinman lecionava, não comunicou sua morte até três horas depois.
A universidade americana havia sido informada sobre o falecimento também nesta segunda, pela família do cientista.
Os feitos são “únicos e sem precedentes na centenária história do Nobel”, ressaltou em comunicado a fundação, que defendeu a concessão do prêmio em virtude de uma “interpretação do propósito” da norma de não premiar postumamente. No comunicado, a fundação explica a decisão.
– O propósito (…) é deixar claro que o Nobel não deve ser entregue deliberadamente de forma póstuma. No entanto, a decisão de distinguir Ralph Steinman com o prêmio foi feita de boa fé, baseada na suposição de que o laureado estava vivo.
Fonte: Efe
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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