Futuros médicos engrossam estatísticas de fumantes no País, diz pesquisa
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Um estudo realizado na cidade de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, feito com universtários da área de saúde mostrou um alto índice de tabagismo entre futuros médicos.
O resultado chama atenção para a urgente necessidade de estratégias mais eficazes de prevenção e de cessação do tabagismo entre os jovens.
Participaram da pesquisa 316 alunos (média 22 anos) da Faculdade de Medicina da Universidade de Passo Fundo. Eles responderam a um questionário sobre o consumo e atitudes relacionadas ao tabagismo, além de terem sido classificados em fumantes diários, fumantes ocasionais, ex-fumantes e não fumantes.
Eis os resultados: 5,1% dos pesquisados eram fumantes diários e 11,2% eram fumantes eventuais – e quando a gente considera estes últimos, sabemos que são pessoas que terão mais de 50% de chance de se tornar fumantes diários.
“A prevalência é relativamente baixa em comparação com outras faculdades de medicina do País e do exterior. Nossa expectativa, contudo, seria a de que nenhum acadêmico de medicina atualmente fumasse mais”, explica o médico Luiz Carlos Corrêa da Silva, professor de pneumologia da Faculdade de Medicina de Passo Fundo e um dos responsáveis pelo estudo.
Para ele, especialmente no caso de jovens universitários da área da saúde, falta no processo educativo maior incorporação de atitudes e mais atuação de campo junto à população. Além da falta de políticas públicas, o médico pneumologista afirma que existem outros fatores que acabam incentivando principalmente jovens e adolescentes ao hábito de fumar.
“A indústria já percebeu que o adolescente tem grande vulnerabilidade e fez dele um de seus principais focos de negócio na promoção do tabagismo”, afirma. Segundo o médico, os jovens são movidos, especialmente, por influências de amigos, pela sensação de poder ou até mesmo para contestar os mais velhos e as regras.
“A atração pelo risco, a sensação de aparentar ser mais velho e a combinação do cigarro com a bebida alcoólica, além da mídia promovida pela indústria do tabaco, são outros fatores que atraem esse público ao primeiro cigarro”, alerta Luiz Carlos Corrêa da Silva.
Fonte: Blog Casa Saudável
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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