O Governo Federal deseja que o Banco do Nordeste não fique sozinho na operações de microcrédito entre os bancos públicos e convidou, também, a Federaçào Brasileira dos Bancos, Febrabran, presidida por Murilo Portugal, para convencer os bancos públicos a entrar no negócio. Pelo que a Política Real pôde apurar o Banco do Nordeste vai continuar, pelo menos até o fim deste ano, sendo o principal operador do sistema mesmo na nova versão.
A proposta do “Crescer – Programa Nacional de Microcrédito” de levar os 10 % de todos os depósitos compulsórios à vista para operações de caráter produtivo em taxas bem melhores no microcrédito – dos atuais 5% ao mês para 8% ao ano, custo total de 9%, incluindo taxa inicial de contratação de 1% – não irá eliminar as operações de microcrédito para o consumo, conforme informou o secretário-adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, que participou e comandou a coletiva com a imprensa.
A Política Real questionou qual a meta para a participação da Caixa Econômica e do Banco do Brasil nas operações de microcrédito neste ano de 2011 e se eles iriam remunerar o Banco do Nordeste pela consultoria que este banco iria dar aos outros bancos federais visto que até 2013 o governo federal tem como meta realizar 3,5 milhões de contratos. Hoje, o BNB com 12 anos operando com o seu “Crediamigo” teria algo em torno de 900 mil contratos. Neste ano, o “Crescer” pretende realizar 794 mil contratos. Os presidentes dos bancos não quiseram se aprofundar na remuneração ao BNB. O Presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, disse que iria colocar 16 mil pessoas para atuar nesta carteira, mas não soube dizer quantos operariam no Nordeste. Essas pessoas já estariam treinadas, disse.
O presidente da Caixa, o baiano Jorge Hereda, disse que a Caixa tinha prepararo para lidar com ações com implicação social e disse que iria colocar, no ano que vem, 1000 “aprendizes” para operar na área.
Esta questão ficou mais clara quando o presidente do BNB, Jurandir Santiago, disse que a meta do banco para este ano era fechar com o novo microcrédito para o setor produtivo com 570 mil contratos, fora o que já opera. Para o ano de 2011, os outros bancos federais, incluindo o Basa, vão realizar não mais que 224 mil contratos. O presidente do Basa, Abdias Junior, quis esboçar um comentário, mas foi interrompido pelo secretário adjunto da Fazenda que afrimou que face a especialização do BNB neste tipo de operação era natural o grande números de contratos a ser operado pelo banco com sede em Frotaleza mas que no ano de 2012 só BB poderá estar operando com mais de 800 mil contratos, mas em todo o país.
Na prática, o novo programa pretende quase quadruplicar( 3,88 vezes) o tamanho do programa do BNB que opera hoje com 900 mil contratos dentro de 3 anos, ao final de 2013. Atualmente, o banco privado que opera em microcrédito com algum sucesso é o Santander, informou o secretário do Ministério da Fazenda.
Fonte: Política Real
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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