Grécia desiste do referendo, diz ministro das Finanças
A Grécia desistiu de realizar o referendo, que poderia levar a zona do euro a uma crise pior, segundo disse, nesta sexta-feira (4), em comunicado, o ministro das Finanças Evangelos Venizelos.
A informação foi dada por telefone ao presidente do Eurogrupo Jean-Claude Juncker, ao comissário para Assuntos Econômicos e Monetários da UE, Olli Rehn e ao ministro das Finanças alemão Wolfgang Schaeuble.
“Venizelos informou aos seus interlocutores sobre a decisão de não realizar o referendo”, diz o comunicado.
Na quinta-feira, havia sido decidido que, no lugar do referendo, o Legislativo realizaria uma votação simbólica para confirmar o pacote de auxílio à economia grega. O acordo, fechado em 28 de outubro, prevê fortes ajustes nas contas gregas, assim como a redução de 50% da dívida do país junto a credores privados, fruto de uma longa negociação com os bancos.
Na noite desta sexta-feira, o Parlamento grego vota uma moção de confiança que pode acabar derrubando o governo de Papandreou, abalado pelas reações negativas à proposta de referendo popular para decidir o assunto.
O ministro das Finanças Evangelos Venizelos, do mesmo partido do primeiro-ministro, por sua vez, estaria costurando um acordo para que Papandreou receba o voto de confiança do Parlamento e deixe o cargo como forma de “salvar o partido”.
O partido do governo, Posak, controla apenas uma ligeira maioria de 152 cadeiras em um total de 300, e na quinta-feira diversos deputados da legenda haviam indicado que poderiam votar contra o governo.
Entretanto, pelo menos uma deputada que havia ameaçado votar contra o governo, Elena Panaritis, voltou atrás depois que Papandreou retrocedeu na ideia de realizar o referendo, reforçando as incertezas em relação ao futuro político do gabinete.
O anúncio foi interpretado pelos mercados como sinal de que a Grécia pode aceitar a ajuda europeia e continuar na zona do euro.
Fonte: BBC
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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