Greve não altera rotina de passageiros em aeroportos de SP e Brasília
Apesar da paralisação de 48 horas dos aeroportuários de São Paulo e de Brasília que começou à 0h desta quinta-feira (20), o movimento de passageiros é normal nos aeroportos internacionais
Até as 19h desta quinta-feira (20), segundo a Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), no maior terminal do país, em Guarulhos, a greve cancelou somente seis voos ou 3% do total de partidas previstas até o momento. Durante o dia 16 voos saíram atrasados.
Já no Aeroporto Internacional de Brasília, o número de cancelamentos chegou a nove ou 6,4% do número de voos previstos. Somente dez partidas estão atrasadas. Já em Campinas, no Aeroporto Internacional de Viracopos, houve apenas dois voos cancelados e três estavam atrasados.
No entanto, se os passageiros não encontram grandes problemas para embarcar nos três aeroportos, quem espera por uma encomenda enviada por transporte aéreo vai ter que esperar um pouco mais, já que o terminal de carga é o setor mais prejudicado pela greve até o momento.
Em Campinas, a paralisação fez com que apenas produtos perecíveis, ou seja, remédios e alimentos, e carga viva (animais) fossem transportados normalmente nesta quinta. Chegam e partem de Viracopos cerca de 800 toneladas de mercadorias por dia, de acordo com informações da própria Infraero.
Não à privatização
Em protesto contra a concessão dos terminais aéreos de São Paulo e Brasília à iniciativa privada, os funcionários dos aeroportos de Guarulhos, Congonhas, Viracopos e Brasília resolveram cruzar os braços por 48 horas.
Cerca de 60% dos aeroportuários de Brasília aderiram à paralisação, segundo cálculo do diretor do sindicato da categoria Samuel Santos.
Em Guarulhos, dos 1.700 funcionários do setor, 80%, ou, 1.360 participam do protesto. Já o Aeroporto Internacional de Viracopos funciona com empregados terceirizados e trabalhadores de cargos de confiança, segundo José Carlos Domingos, representante do Sina (Sindicato Nacional dos Aeroportuários).
O intuito da greve, diz o Sina, “é chamar a atenção do governo”. Domingos diz que a preocupação “não é só com os empregos e garantias do setor, mas também com a precarização do sistema”.
– O que a gente tem visto em todas as privatizações que ocorreram é que não houve investimentos. E, se não houver investimento no setor aéreo, se um equipamento ficar fora do ar em dia de nevoeiro, a aeronave pode receber uma comunicação como se estivesse pousando em um dia normal.
Domingos ainda citou o caso da Argentina, “onde o governo terceirizou o aeroporto de Buenos Aires e depois teve que pegar de volta por falta de investimentos e assim muitas companhias aéreas pararam de voar”.
Em nota, o governo diz que mantém a disposição para negociar com a categoria, mas que não abre mão de manter o modelo de concessão para os três aeroportos, que garante à Infraero até 49% do controle dos três terminais.
Segundo Domingos, “o ministro já ligou para o sindicato para uma reunião” na próxima segunda-feira ( 17). Porém, caso não haja uma proposta nas 48 horas iniciais, a greve pode ser adiada por mais 24horas.
Fonte: R7
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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