Homossexuais só podem doar sangue depois de um ano de abstinência sexual
Publicação no Diário Oficial da União de portaria do Ministério da Saúde, nessa terça-feira(14), determina que a orientação sexual não deve ser alvo de preconceito ou discriminação para a doação de sangue. De acordo com o texto, a condição não deve ser usada como critério no processo de triagem de doadores por não representar por si própria um risco para que doenças infecciosas sejam transmitidas aos receptores.
A nova regra, no entanto, esbarra em outra restrição, já prevista na legislação desde 2004: homens que tiveram relação sexual com parceiros do mesmo sexo, ainda que com uso de preservativos, ficam impedidos de doar por um período de 12 meses.
Heterossexuais não podem doar sangue por um ano caso tenham mais de uma parceira sexual. Entre os gays, no entanto, a regra dos 12 meses vale mesmo que eles tenham parceiro fixo.
“A proibição continua do mesmo jeito. Eles dão uma possibilidade, mas limitam. Essa regra (de abstinência por 12 meses) é fora da realidade”, afirma o professor de história Diego Gonçalves, 26 anos, que foi impedido de doar sangue em novembro do ano passado. “Mesmo afirmando que usei camisinha nas relações, me disseram que era recomendação não doar e eu tive que ir embora. O casal heterossexual deveria passar pelo mesmo crivo”, queixa-se Gonçalves.
Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a medida é necessária porque a situação de vulnerabilidade para a infecção pelo vírus HIV entre homens homossexuais é maior. “Todos os nossos estudos recentes ainda mostram que o risco de homem que fez sexo com outro homem é 18 vezes maior de ter infecção pelo HIV do que o da população que não tem esse tipo de atividade sexual. O risco aumentado faz com que se exclua esse grupo nos últimos 12 meses”, explica
Fonte: Blog da Folha
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
Nenhum comentário